Um cidadão de 30 anos de idade, cuja identidade não foi revelada, encontrou a morte, na semana finda, no bairro suburbano de Luís Cabral, na capital moçambicana, em consequência de uma agressão física perpetrada por pessoas desconhecidas, com recurso a uma faca.
A zona de Luís Cabral foi, há poucos meses, agitada por uma onda de assaltos, agressões físicas e violações sexuais que culminaram em mortes de mulheres adultas e adolescentes. Gerou-se, na altura, um caos que deixou a população deveras desesperada de tal sorte que o director da Ordem Pública do Comando da Polícia, Bernardino Rafael, teve de se sentar à mesma “sombra” com os moradores para discutir formas de estancar o mal, pois os bandidos impunham leis selváticas, que inibiam os habitantes de se movimentarem livremente a partir de uma certa hora da noite.
Orlando Modumane, porta-voz do Comando da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Maputo, disse a jornalistas que os malfeitores desferiram golpes contra o tórax da vítima por esta ter resistido a um assalto por eles anunciado na altura. O grupo pôs-se em fuga com os telemóveis e uma pasta do malogrado.
Ainda na capital moçambicana, concretamente no bairro do Chamanculo “A”, indivíduos não identificados ameaçaram o proprietário de num estabelecimento comercial, com recurso a arma de fogo, e apoderaram-se de 500 mil meticais.
Enquanto isso, na semana passada, um guarda foi também morto com recurso a uma enxada, no distrito da KaTembe, quando uma gangue se fez passar por clientes numa loja pertencente a um cidadão de nacionalidade chinesa, onde, para além de ferirem um outro trabalhador, apoderou-se de 180 mil meticais.
Uma câmara de vigilância fornecida à Polícia registou o momento em que o grupo entrou na loja, passeou dentro dela, fingindo que estava a apreciar produtos, e em seguida apontou uma pistola contra o dono.
Na mesma altura, um dos elementos da quadrilha, que trajava roupa característica de muçulmanos, puxou uma enxada e espetou-a na cabeça do guarda do estabelecimento quando este pretendia socorrer o patrão. A vítima perdeu a vida no hospital durante uma tentativa de se retirar o objecto.
Os malfeitores estavam munidos também de uma catana, com a qual agrediram um funcionário da loja em questão. Para além do dinheiro, o bando saqueou vários produtos alimentares.
Dias depois, um dos elementos caiu nas mãos da Polícia e confessou o crime, o segundo morreu linchado pela população, e os outros estão em lugar até aqui desconhecido.