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Operação policial em busca de mentor dos ataques em Paris termina com 2 mortos

Uma mulher-bomba explodiu-se e outro militante morreu durante operação da polícia em um apartamento no subúrbio parisiense de Saint-Denis, nesta quarta-feira, em busca de suspeitos de envolvimento nos ataques da semana passada à capital da França.

Três fontes disseram à Reuters que a operação paralisou uma célula jihadista que planeava realizar um ataque ao distrito comercial parisiense de La Defense, após ataques coordenados com tiros e homens-bomba que mataram 129 pessoas pela cidade na sexta-feira.

Autoridades disseram que a polícia buscava por Abdelhamid Abaaoud, militante islâmico belga acusado de ser o mentor dos ataques de 13 de Novembro, mas, nove horas depois do início da operação, ainda não era certo se ele havia sido encontrado.

Sete pessoas foram presas na operação, que começou com uma troca de tiros, incluindo três suspeitos que foram retirados do apartamento, de acordo com autoridades.

“É impossível dizer quem foi preso. Estamos no processo de verificar isso. Tudo será feito para determinar quem é quem”, disse o procurador de Paris François Molins ao final da operação. Molins disse que a acção da polícia foi ordenada pelas autoridades após escutas telefónicas e operações de vigilância que levaram a polícia a acreditar que Abaaoud poderia estar em Saint-Denis.

Moradores falaram sobre medo e pânico quando os tiros começaram pouco antes das 4h30 da manhã. “Vimos balas voando e miras a laser pela janela. Houve explosões. Você podia sentir o prédio inteiro tremer”, disse Sabrine, moradora de um apartamento num andar abaixo de onde pelo menos um suposto atirador estava escondido.

Ela disse à rádio Europe 1 que ouviu as pessoas no apartamento conversando, a correrem e a carregando armas.

Três oficiais da polícia e um pedestre ficaram feridos na operação, que ocorreu próxima ao estádio Stade de France, um dos alvos dos ataques de 13 de Novembro.

O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou responsabilidade pelas mortes, dizendo que foi uma retaliação pelas operações aéreas francesas na Síria e Iraque ao longo do último ano.

A França pediu por uma aliança global para derrotar os radicais e realizou três grandes ataques aéreos em Raqqa, capital de facto do Estado Islâmico na Síria.

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