O presente artigo não tem como objectivo ofender as mulheres e não constitui um ataque a elas, mas incide sobre o comportamento nocivo de algumas pessoas da classe feminina, que transformam as relações amorosas numa fonte de financiamento para satisfazer os seus caprichos. Isto não quer dizer que não existam homens que investem na mesma medida, mas as mulheres distorcem a relação de namoro.
Tem-se feito debates acesos sobre os deveres e direitos da mulher no relacionamento amoroso. E a questão que não quer calar é se é ou não dever do parceiro dar uma mesada à sua parceira para custear as suas despesas básicas, dado que algumas mulheres até exigem que os seus parceiros suportem as despesas delas.
Sendo o namoro uma relação de concertação de objectivos, ou seja, uma fase que pode levar ao casamento, não vejo a necessidade de uma mulher reivindicar direitos financeiros numa relação, excepto se for uma união formalizada, porque é um sinal de que há entendimento e os objectivos coincidem entre o casal.
Avanço duas razões que “suicidam” o namoro e transformam esta união numa autêntica saída financeira. A primeira, quando uma mulher se sente pela família no que diz respeito às questões financeira, ela mete-se numa relação amorosa e recorre a isso como fonte de financiamento para suprir as necessidades que não são assumidas pelos seus parentes.
O segundo motivo, há a questão da pobreza. Existem famílias que quando tomam conhecimento de que a sua filha já começou a namorar, acham que ficam, automaticamente, isentas de subsidiar as despesas dela, uma vez que o seu parceiro deve arcar com as despesas. Aliás, há quem olha para isso como fonte de rendimento.
A pobreza, geralmente, dói e para aliviar o sofrimento a mulher faz de tudo para arranjar um parceiro para cuidar atenciosamente de si e, se possível, suportar as despesas da família da sua parceira. Existem relações em que os parceiros se acham donos das suas namoradas por causa disso. Quando o salário ou a mesada atrasa, a relação é marcada por brigas, descontentamentos, depressão e desespero. Em casos mais extremos, a parceira pensa em abandonar o seu namorado e procurar melhores condições económicas numa outra relação. Este tipo de união só caminha bem quando o parceiro consegue satisfazer os caprichos da namorada. Como é que se explica que determinadas mulheres só aceitem se dá envolver com indivíduos que dispõem de algum rendimento poderio financeiro ou que possam custear as suas despesas mensalmente?
Isto é chocante pois fica a ideia de que essas mulheres querem dinheiro do parceiro. A resposta à pergunta acima colocada é óbvia: Uma Mulher que se preze não vai constituir uma relação com bases económicas e objectivos de empregabilidade.
Se uma mulher gosta realmente do seu parceiro não vai se importar se ele vai ou não dar uma mesada. Os relacionamentos não devem ser usadas como fonte de rendimento. Nenhum individuo deve se sentir obrigado a “bancar” a namorada na fase de namoro. Se a mulher sente que não dispõe de meios para satisfazer as suas necessidades que arranje um emprego ou trabalho; e como estamos no auge do empreendedorismo em Moçambique, ela também pode empreender em vez de ficar a esbanjar tempo a fazer papéis ridículos.
As famílias têm um papel fundamental para colmatar este flagelo social. Quando a sua filha estiver numa relação amorosa elas não podem deixar de custear as despesas dela porque o namoro não é um emprego, mas, sim, uma relação entre duas pessoas que pretendem alcançar determinados objectivos. Quero apelar para que as mulheres que praticam esta acção reflictam em torno da mesma e mudem de comportamento. Não “monetarizem” o relacionamento, porque isso rompe com os valores éticos e morais.
Por Euclides Da Flora