As votações ocorreram sem problemas em Mianmar, sem relatos de violência afectando o clima de júbilo da primeira eleição nacional livre do país do Sudeste Asiático em 25 anos, no seu maior passo até agora em uma transição da ditadura para a democracia.
A líder do partido de oposição Aung San Suu Kyi deve obter a maior parcela de votos de um eleitorado de cerca de 30 milhões, que escolheu entre milhares de candidatos ao Parlamento e para as assembleias regionais. Porém o legado de um regime militar significa que ela não pode se tornar presidente após as eleições, mesmo se o seu partido, a Liga Nacional para a Democracia, vencer uma grande maioria de votos.
Com o início da contagem de votos em todo o país, os primeiros indícios de observadores foram de que a votação estava, de modo geral, livre de problemas e de que havia apenas relatos isolados de irregularidades.
“Das dezenas de pessoas com quem falamos desde as 6 da manhã de hoje, todo mundo sente que foi capaz de votar em quem quer quisesse com segurança e proteção”, disse Durudee Sirichanya, observadora internacional da Secretaria da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês).
Preocupações surgiram sobre a equidade da eleição, após activistas estimarem que até 4 milhões de pessoas, principalmente cidadãos que trabalham no exterior, não foram capazes de votar.