A Rússia começou a enterrar algumas das vítimas fatais do acidente com um avião que caiu no Egipto no fim de semana, um acontecimento que pode afectar o grande apoio popular aos ataques aéreos russos na Síria se a causa da queda tiver sido uma bomba plantada por militantes islâmicos.
Em São Petersburgo, cidade que era o destino do Airbus A321 da companhia aérea Metrojet, amigos e familiares deram adeus a Alexei Alexeyev, funcionário de uma empresa de equipamentos de aquecimento e ventilação de 31 anos que voltava das férias em Sharm al-Sheikh, de onde o avião partiu.
Uma das 224 pessoas que morreram quando a aeronave russa caiu na península egípcia do Sinai, ele e outro funcionário bielorrusso ganharam a viagem ao Egipto em reconhecimento pelo seu desempenho no serviço, segundo colegas de trabalho.
Nesta quinta-feira, eles observaram enquanto Alexei era enterrado durante uma cerimónia discreta no Cemitério Bogoslovskoye, no nordeste da região central de São Petersburgo.
“A investigação não pode trazê-lo de volta, mas precisamos saber o que aconteceu para que o mesmo não aconteça com outros”, disse Yulia Vinogradova, prima de Alexeyev, a um repórter da Reuters no funeral. Ela afirmou não saber em qual das teorias sobre o acidente acreditar.
Uma afiliada do Estado Islâmico assumiu a responsabilidade. O governo britânico declarou suspeitar de uma bomba plantada por um grupo islâmico e suspendeu voos para o aeroporto de origem do voo. Uma fonte a par da investigação disse que uma falha técnica pode ter causado uma explosão em pleno ar.
O Kremlin, que iniciou uma campanha aérea contra militantes islamitas na Síria em 30 de Setembro, disse que todos precisam esperar pelo resultado do inquérito oficial. As descobertas podem afectar a opinião pública, que até agora tem mostrado forte apoio à campanha síria.