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Vice-presidente das Ilhas Maldivas é preso por tentar assassinar Presidente

A polícia do arquipélago das Maldivas prendeu neste sábado o vice-presidente do país, Ahmed Adeeb, por uma suposta “tentativa de assassinato” do presidente, Abdulla Yameen, que há um mês saiu ileso de uma explosão no seu barco.

“Posso confirmar que (Ahmed Adeeb) está detido e sob custódia policial. Foi preso com a acusação de tentativa de assassinato”, afirmou o ministro do Interior das Maldivas, Umar Naseer.

O vice-presidente foi detido ao chegar no aeroporto da capital do arquipélago, Malé, e foi transferido “para a investigação” do centro penitenciário de Dhoonidhoo, situado numa ilha próxima, detalhou um porta-voz da polícia, Abdullah Nawaz.

A fonte confirmou que ele foi preso suspeito de ter relação com a explosão ocorrida na embarcação do presidente em 28 de setembro, que deixou três pessoas levemente feridas, entre elas a primeira- dama, Fátima Ibrahim.

Dezenas de simpatizantes aguardavam a chegada de Adeeb na porta do aeroporto. Ele aterrou em Malé vindo de Singapura após uma viagem oficial à China, explicou o político do opositor Partido Democrático das Maldivas (MDP), Shiham Waheed, à Agência Efe.

A detenção do vice-presidente, de 33 anos, no cargo desde julho, é um ato “sem precedentes na história das Maldivas”, acrescentou. O comité investigador designado por Yameen para o caso confirmou na terça-feira que a explosão foi um “tentativa de assassinato e não um falha mecânica nem nada a ver com o ar condicionado”, como tinha sido especulado inicialmente.

O país vive tensões políticas desde 2012, a expulsão do poder do então presidente Mohammed Nasheed, o primeiro eleito democraticamente nas Maldivas, que está na prisão, um processo amplamente questionado pela opinião internacional e que, segundo seu partido, esteve infestado de irregularidades.

Yameen, meio-irmão do ditador Maumun Abdul Gayum, chegou ao poder em 2013 após vencer nas urnas Nasheed por seis mil votos em uma votação muito polémica.

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