O sueco Tomas Lindahl, o norte-americano Paul Modrich e o turco Aziz Sancar ganharam o prémio Nobel de Química de 2015 pelo seu trabalho em mapear como as células recuperam DNA danificado, numa descoberta importante para tratamentos do cancro, anunciou o comité responsável pela premiação nesta quarta-feira.
“O trabalho deles providenciou conhecimento fundamental sobre como é e funciona uma célula viva, por exemplo, usada no desenvolvimento de novos tratamentos contra câncer”, informou a Academia Real Sueca de Ciências em nota, premiando 8 milhões de coroas suecas (969 mil dólares).
Milhares de mudanças espontâneas no genoma de uma célula ocorrem diariamente enquanto radiação, radicais livres e substâncias carcinogênicas também pode danificar o DNA. Para fazer com que materiais genéticos não se desintegrem, uma gama de sistemas moleculares monitoram e reparam o DNA, em processos que os três cientistas premiados ajudaram a mapear, abrindo a porta para aplicações como novos tratamentos contra o cancro.
Lindahl trabalha no Instituto Francis Crick, na Grã-Bretanha, e no laboratório Clare Hall, enquanto Modrich é um pesquisador no Instituto Médico Howard Hughes e na Escola de Medicina da Universidade Duke, nos Estados Unidos da América. Sancar, que possui dupla cidadania norte-americana e turca, é professor na Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.
O Nobel de Química foi o terceiro entregue neste ano. Os prémios são concedidos desde 1901 em reconhecimento a avanços nas áreas de ciência, literatura e paz, seguindo o testamento do inventor do dinamite e empresário, Alfred Nobel.