Vinte e oito refugiados afogaram-se nos arredores de uma ilha grega neste domingo quando o barco deles afundou, informou a guarda costeira, no que pode ser o maior número de mortos registado num único acidente em águas gregas desde que a crise dos refugiados começou.
“Uma embarcação de madeira virou a cerca de três milhas a leste de Farmakonisi na manhã de domingo”, disse uma porta-voz da Guarda à Reuters.
O acidente coincidiu com o pedido da primeira-ministra grega, Vasiliki Thanou, para que a União Europeia concorde em uma política mais compreensiva para lidar com o crescente número de refugiados para a região, para escapar de guerra e pobreza.
Dezenas de milhares de pessoas, principalmente refugiados da Síria, têm enfrentado mares bravos este ano para fazer a curta, porém precária, jornada da costa da Turquia para as ilhas gregas, geralmente em botes infláveis frágeis e superlotados.
Detalhes das nacionalidades e idades das vítimas no afogamento de domingo em Farmakonisi, que está entre as menores de uma cadeia de ilhas gregas a menos de 20 quilómetros da terra turca, não estavam imediatamente disponíveis.
A guarda costeira informou que 68 pessoas foram resgatadas das águas e outros 30 sobreviventes do mesmo barco foram encontrados em Farmakonisi.
Em Lesbos, uma ilha que tem suportado o peso da entrada migrante na Grécia, um fotógrafo da Reuters viu 10 botes chegando em 90 minutos no domingo. Um inflável transportando cerca de 70 refugiados, incluindo muitas crianças, explodiu a cerca de 100 metros da costa.
Locais puxaram os bebés e as crianças –incluindo um bebé de dois meses de idade embalado por seu pai– para a terra em anéis de borracha.
A primeira-ministra Thanou, que visitou Lesbos no domingo, disse que outros países estavam errados em criticar a resposta da Grécia ao fluxo de migrantes.
A grande maioria dos refugiados que chega à Grécia rapidamente segue ao norte para outros países, com a Alemanha sendo o destino preferido. Membros da UE até agora não conseguiram chegar a um acordo sobre as propostas do presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, para aceitar um sistema de cotas obrigatórias para abrigar refugiados.