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Onda de refugiados da Europa chega à Dinamarca a caminho da Suécia

A Dinamarca permitiu nesta quinta-feira que refugiados percorressem o seu território livremente rumo à Suécia depois de dias de caos, durante os quais as autoridades interromperam os serviços de balsas e uma ligação rodoviária com a Alemanha na tentativa de conter o influxo de milhares de postulantes a asilo.

A Dinamarca, cujo governo publicou anúncios em jornais libaneses para desencorajar os imigrantes, tornou-se o fronte mais recente da pior crise de refugiados na Europa em décadas – 3.200 pessoas entraram no país desde domingo, a maioria buscando chegar à Suécia. A

Suécia, por sua vez, acredita que irá receber 80 mil refugiados este ano, e tem mais postulantes a asilo per capita do que qualquer nação europeia graças à sua política migratória generosa, que concede residência permanente automática para sírios.

A polícia dinamarquesa, que permitiu a retomada do tráfego das balsas e na ligação rodoviária, disse não ter poder para deter os refugiados, o que significa que milhares irão viajar para a Suécia em busca de asilo.

“Não há outras possibilidades além de deixá-los ir, e consequentemente não podemos impedi-los de viajar para onde querem”, declarou o comissário da polícia nacional Jens Henrik Hojbjerg. O primeiro-ministro de centro-direita, Lars Lokke Rasmussen, conversou com líderes políticos nesta quinta-feira, a segunda reunião de emergência desta semana, mas não anunciou acções concretas.

“Alemanha, Dinamarca e Suécia estão em uma situação extraordinária, e nessa situação é nossa tarefa estar à altura de nossas obrigações internacionais”, afirmou Rasmussen. “Acho que ninguém, pelo menos não eu nem os líderes partidários, como ouvi, quer que a polícia dinamarquesa recorra à força de maneira muito violenta”, disse.

Em Estocolmo, o primeiro-ministro sueco, Stefan Lofven, afirmou que as regras da União Europeia, segundo as quais os refugiados deveriam ser registrados no primeiro país a que chegam, devem ser aplicadas, e que a decisão de mandar os refugiados para a Suécia foi “infeliz”.

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