Três cidadãos moçambicanos, cujos nomes não nos foram revelados, encontram-se detidos nas celas do Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Malema, desde a semana finda, acusados de profanar túmulos num cemitério familiar localizado na vila daquela parcela do país.
De acordo com informações em poder do @Verdade, os indiciados foram neutralizados na semana passada, algures na vila municipal de Malema, na posse de ossos de seres humanos.
Os presumíveis violadores de campas exumaram de uma campa os restos mortais de uma pessoa com albinismo, supostamente porque eles pretendiam levar as ossadas para o vizinho Malawi.
O @Verdade soube que para a localização daquela campa os presumíveis malfeitores tiveram a ajuda de um familiar do finado, o qual está a monte e foi aliciado com 10 mil meticais.
Sérgio Mourinho, porta-voz do Comando Provincial da PRM em Nampula, confirmou a ocorrência, tendo avançado que tal crime tem a ver com a procura desenfreada dos órgãos de pessoas com falta de pigmentação na pele, nos olhos, nos cabelo e nos pêlos.
Aquele funcionário da PRM fez saber que o caso foi remetido ao Ministério Público e já decorre a instrução preparatória com vista a responsabilizar os três indivíduos por crime de violação de túmulos e quebra do respeito pelo descanso dos mortos. As ossadas apreendidas estão na posse da Polícia para averiguações e mais tarde serão entregues à família do falecido.
Importa referir que a região norte de Moçambique, em particular a província de Nampula, está a registar, desde finais do ano passado, crimes de raptos de pessoas com albinismo para fins até aqui não esclarecidos, mas supõe-se que estejam relacionados com obscurantismo, enriquecimento, entre outras razões. Os países vizinhos tais como a Tanzânia e o Malawi são os destinos preferidos pelos protagonistas deste acto macabro.
