O primeiro-ministro das Maurícias, Anerood Jugnauth, ameaçou, segunda-feira à noite, instaurar o Estado de emergência na ilha se não cessarem os incidentes, de carácter étnico, ocorridos no sul do país durante o fim de semana passado.
O Presidente Jugnauth aludia a um templo hindu e a cinco mesquitas saqueados durante o fim de semana passado, bem como a várias pessoas feridas e 10 outras detidas no mesmo contexto.
A seu ver, estes incidentes são uma conspiração política visando derrubar o seu Governo. “Os que estão atrás destes incidentes esquecem que tenho a maioria necessária no Parlamento e que posso introduzir o Estado de emergência facilmente”, ameaçou o chefe do Governo maurício, lembrando que as ilhas Maurícias são um Estado de Direito e que a lei será aplicada com todo o seu rigor.
Ao responder terça-feira no Parlamento a uma pergunta do líder da oposição, Paul Bérenger, o primeiro-ministro maurício garantiu que a Polícia está mobilizada para “matar o demónio dentro do ovo”.