O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou neste domingo um pedido do líder da oposição israelita para que o país dê abrigo a refugiados sírios, dizendo que o país é muito pequeno para recebê-los.
As imagens recentes de milhares de refugiados a embarcar e desembarcar de comboios na Europa em busca de um local para escapar do conflito no Oriente Médio sensibilizaram Israel, um Estado criado três anos depois do Holocausto nazista, em que seis milhões de judeus morreram.
Isaac Herzog, líder do principal partido de oposição, fez um apelo aos governantes israelitas para que “absorver refugiados dos combates da Síria”, um vizinho que Israel considera inimigo.
Em declarações públicas numa reunião do gabinete, Netanyahu declarou que Israel não é “indiferente à tragédia” dos refugiados sírios e disse que os hospitais do país tratam feridos da guerra civil. “No entanto, Israel é um Estado muito pequeno. Não tem alcance geográfico e nem demográfico”, disse o primeiro-ministro, de direita, sugerindo que aceitar refugiados árabes iria atingir o equilíbrio demográfico num Estado predominantemente judeu, onde cerca de um quinto da população de 8,3 milhões é formada por cidadãos árabes.
Embora não tenha havido pedidos internacionais para que Israel abra as suas fronteiras para sírios, Herzog disse que o primeiro-ministro tinha o dever moral de aceitar refugiados.