O presidente do Sudão do Sul assinou um acordo de paz nesta quarta-feira para encerrar um conflito com rebeldes que já dura 20 meses, mas disse a líderes regionais da África durante a cerimónia que tinha “sérias reservas”.
O presidente do país, Salva Kiir, que lidera o Sudão do Sul desde a secessão do Sudão, em 2011, pediu mais tempo para consultas na semana passada, destacando ameaças de sanções da Organização das Nações Unidos se ele falhasse em assinar o acordo dentro do prazo de duas semanas.
“Com todas as reservas que temos, assinaremos este documento”, disse a líderes africanos que se reuniram em Juba para a cerimônia antes de assinar. Seu rival de longa data e líder rebelde Riek Machar, que deve se tornar o primeiro vice-presidente sob o acordo, assinou o documento na semana passada na capital da Etiópia.
O conflito irrompeu em Dezembro de 2013, após uma forte disputa de poder entre Machar, da etnia Nuer, e Kiir, do grupo dominante Dinka, e as lutas tiveram contornos étnicos. Milhares de pessoas foram mortas, grande parte da população de 11 milhões de pessoas foi levada à beira da inanição e 2 milhões de pessoas deixaram suas casas, frequentemente rumo a países vizinhos, o que desestabilizou uma região já volátil.