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SELO: Director-geral do Instituto Superior Politécnico de Songo gasta dinheiro com viaturas de luxo, cabritos e ovelhas para benefício pessoal* – Por Estudantes do Instituto Superior Politécnico de Songo

Os estudantes do Instituto Superior Politécnico de Songo, que iniciou o semestre zero em 2009, tinham boas expectativas em relação ao director-geral Francisco Vieira, principalmente porque ele garantiu que havia apoio da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB). Contudo, de lá para cá os alunos e funcionários do estabelecimento têm ouvido deste gestor várias promessas com vista ao desenvolvimento da instituição, mas na prática há mais mentiras e mais dificuldades que realizações.

1. O Instituto Superior Politécnico de Songo não dispõe de biblioteca, e as aulas de engenharia e a maior parte dos livros são destinados a disciplinas de Física e Matemática básica.

2. Não há aulas práticas, nem laboratório e tão-pouco estágios profissionais.

3. É proibido o intercâmbio entre os estudantes do Instituto Superior Politécnico de Songo e as outras universidades.

4. Ao invés de se investir no apetrechamento de bibliotecas, laboratórios, na contratação de docentes a tempo inteiro para o estabelecimento de ensino e em viagens profissionalizantes dos estudantes, Francisco Vieira despende dinheiro da instituição na compra de viaturas de luxo para uso pessoal e na aquisição de cabritos e ovelhas para a sua terra natal.

5. O senhor director Francisco Vieira não respeita os estudantes pobres e passa a vida a humilhá-los alegadamente porque ele tem casas na Europa.

6. No Instituto Superior Politécnico de Songo existe um docente identificado pelo nome de Palalane, o qual incentiva os outros docentes a reprovarem os estudantes por causa da ambição de ocupar um cargo no mesmo instituto. Palalane passa a vida a conspirar contra os seus colegas.

7. Francisco Vieira usa o nome do partido no poder e de algumas figuras influentes para ameaçar e amedrontar os alunos e os trabalhadores, alegando que ele é intocável no país, pois este precisa mais dele do que dos estudantes.

8. Francisco Vieira diz que em Moçambique só respeita o Presidente da República e a Procuradora-Geral da República. Francisco Viera é um corrupto que recentemente mandou incendiar o Departamento de Finanças do Instituto Superior Politécnico de Songo.

9. Francisco Vieira ameaça levar à Procuradoria-Geral da República os estudantes e trabalhadores que ousarem desafiá-lo ou contradizer; por isso, no Instituto Superior Politécnico de Songo há lambe-botas.

10. No Instituto Superior Politécnico de Songo existe um autêntico fantoche que responde pelo nome de Nabote Magaia, o qual é um puro lambe-botas do director-geral. Ele chega a parecer um cão babando à espera de que a dona lhe atire um osso.

11. Além disso, Francisco Vieira ameaça retirar a bolsa completa aos estudantes e inclusive expulsá-los do lar, porque, segundo ele, o terreno onde as instalações do Instituto Superior Politécnico de Songo se encontram foi comprado com o seu próprio dinheiro, e que ofereceu-o ao Estado.

12. O número de estudantes que entram no Instituto Superior Politécnico de Songo geralmente equivale ao de estudantes que abandonam a instituição devido às más atitudes tomadas pelo director-geral, que pauta pela estupidez e arrogância. Ele é mentiroso, agressivo, ditador e tem uma conduta extremamente duvidosa.

13. No Instituto Superior Politécnico de Songo existem trabalhadores contratados como docentes mas exercem o cargo de contabilistas. Outros são supostos chefes do lar de estudantes.

Como é possível alguém ocupar um cargo de director-geral durante cinco anos numa entidade como o Instituto Superior Politécnico de Songomas sem nenhuma equipa de trabalho nem estrutura?

A instituição não tem um profissional pedagógico, nem director-adjunto e tão-pouco um director de registo académico. Não há quase nada. Entretanto, existe, sim, um tal director pedagógico de nome Nabote António Magaia, que passa a vida a elogiar Francisco Vieira. O tal nunca teve a oportunidade de frequentar aulas laboratoriais e não tem capacidade de atender ou dirigir uma Faculdade de Engenharia. O visado é um recém-licenciado que também aconselha os docentes a reprovarem um certo número de estudante por turma.

Como é possível uma instituição de ensino superior com mais de quatro anos de existência não ter sequer um logótipo que o identifica?

O mesmo director-geral obriga os alunos a assinarem contratos de bolsas de estudo fantasmas ou já ultrapassados. Ele já deixou os estudantes, durante semanas, sem nenhuma alimentação alegando que não havia dinheiro.

O Instituto Superior Politécnico de Songo é, talvez, uma das instituições de ensino superior do país que mais é abandonado pelos docentes e estudantes porque Francisco Vieira trata os funcionários como se fossem seus empregados domésticos.

Para além outras arbitrariedades, o mesmo director-geral exigiu que os alunos assinassem contratos de bolsas de estudo referentes aos anos lectivos de 2010, 2011 e 2012 alegando que quem não assinasse não poderia renovar a bolsa.

Neste momento, Francisco Vieira está a alterar o plano de estudos com o intuito de prolongar os cursos tendo em vista manter os estudantes por mais tempo na instituição. O leccionamento de algumas disciplinas é adiado para outros semestres, o que atrasa a vida dos alunos porque a formação passa a durar seis anos ou mais, em vez de quatro anos.

Sem mais assunto de momento, apresentamos os nossos profundos agradecimentos e deixamos a solução deste problema ao critério de V.Excias.

Por Estudantes do Instituto Superior Politécnico de Songo

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