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Cornos de rinocerontes provenientes de Moçambique apreendidos em Hong Kong

Cornos de rinocerontes provenientes de Moçambique apreendidos em Hong Kong

Autoridades alfandegárias de Hong Kong, na China, apreenderam dez pedaços de cornos de rinocerontes, na segunda-feira (27), em três encomendas que chegaram por via aérea provenientes de Moçambique.

Os agentes alfandegários encontraram as encomendas na área de inspecção de carga aérea com a declaração de que continham amostras de madeira provenientes da cidade de Pemba, capital da província de Cabo Delgado, em voos que chegaram a Hong Kong, com passagem por Joannesburgo, na África do Sul, nos dias 26 e 27 de Julho.

Após uma análise mais detalhada, segundo um comunicado do Governo de Hong Kong, citado por medias locais, os agentes alfandegários verificaram que as encomendas na realidade continham cornos de rinocerontes cortados em pequenos pedaços, enrolados em papel de alumínio e plástico e também algumas peças de madeira. Juntos, os pedaços compõem pelo menos dois cornos completos de rinocerontes.

As autoridades de Hong Kong suspeitam de que os cornos foram cortados em pedaços mais pequenos, cada um pesando 6,71 quilogramas, na tentativa de dissimulá-los para enganar a Polícia. A mercadoria apreendida foi avaliada em 1,34 milhão de dólares norte-americanos.

A população de rinocerontes em Moçambique está oficialmente extinta. Segundo o Fundo Mundial para a Vida Selvagem e Natureza (WWF), 85% destas espécies encontram-se na África do Sul, onde anualmente são reportados casos de abates ilegais no Parque Kruger por caçadores furtivos que entram através de Moçambique.

O distrito de Massingir, na província de Gaza, é apontado como a principal rota dos caçadores ilegais que se aproveitam das fragilidades das autoridades moçambicanas para entrarem no parque sul-africano que é parte integrante da área de Conservação Transfronteiriça do Grande Limpopo – composta pelos parques do Limpopo, Zinave e Banhine (Moçambique), Kruger (na África do Sul) e Gonarezhou (no Zimbabwe).

Moçambique é usado também pelos traficantes para fazerem os chifres de rinocerontes chegar aos mercados ilegais da Ásia, onde são apreciados pelos seus supostos benefícios no tratamento do cancro e de outras doenças, devido à facilidade de passar pelos agentes da Autoridade Tributária e outras autoridades existentes nas áreas fronteiriças.

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