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Moçambola: “ele e o campo dele rua”, adeptos alvi-negros pedem demissão de Michel Grispos

O histórico Grupo Desportivo de Maputo, há seis de comemorar o seu centenário, continua atravessar momentos difíceis a nível financeiro que se reflectem no mau Campeonato que está a realizar ocupando uma das últimas posições. Durante a partida deste sábado, no estádio nacional do Zimpeto, os adeptos voltaram a pedir a demissão do presidente do clube, Michel Grispos, a quem acusam de má gestão que conduziu a situação que o clube vive.

Após o empate em Nacala, no fim de semana passado, o treinador dos alvi-negros, Dário Monteiro referiu que os jogadores, e ele próprio, estão com dois meses de salários em atraso e nem sabia se os seus pupilos conseguiam alimentar-se devidamente.

Em resposta ao apelo do técnico, que pediu uma intervenção com carácter de urgência para se ultrapassar o actual cenário, um grupo de adeptos organizou-se e adquiriu vários alguns produtos alimentares que foram doados aos jogadores no término da partida com o Chibuto FC, que o Desportivo venceu por 1 a 0.

Cada jogador foi presenteado com um saco de 10kg de batatas e dois litros de óleo alimentar.

“Rua, ele e o campo dele rua…”

O Grupo Desportivo de Maputo é um clube fundado a 21 de Março de 1921, que adoptou, na era, o nome de Grupo Desportivo de Lourenço Marques. Volvidos 55 anos e com a conquista da independência nacional, modificou o seu nome e concebeu um novo, este que dura até ao presente.

Por tradição foi um clube que se assumiu como um acérrimo candidato ao título em todas as edições do Campeonato Nacional de Futebol e da própria Taça de Moçambique. Conquistou por seis vezes o troféu de campeão nacional, nomeadamente nas edições de 1977, 1978, 1983, 1986, 1995 e 2006. Foi ainda vencedor da Taça em 1983 e 2006, tornando-se uma das poucas equipas que por duas vezes fez a dobradinha.

Com uma escola de formação invejável e exemplar, o Desportivo de Maputo lançou para as hostes do desporto-rei fabulosos atletas cuja história, em alguns deles, se confunde com a história do futebol moçambicano nomeadamente: Mário Coluna, Calton Banze, Amade Chababe, Tico-Tico, Dário Monteiro, Mexer e Dominguês, só para citar alguns exemplos.

 

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Michel Grispos tem falhado nas várias das promessas que fez, aos sócios e adeptos, desde que chegou a presidência em 2001.

A venda do campo pelado em 2012 e a promessa de um novo relvado desde então, e até hoje não concretizado, é talvez a maior dívida de Grispos que neste sábado voltou a ver, e ouvir, os adeptos alvi-negros pedirem a sua saída. “Rua, rua, rua, ele o o campo dele” gritaram os adeptos que traziam faixas com dizeres similares e que empunharam nas bancadas durante o jogo.

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