Cerca de 100 crianças foram separadas, nas últimas duas semanas, de grupos armados em Kivu-Norte, no leste da República Democrática do Congo (RDC), indica um comunicado das Nações Unidas publicado na quarta-feira em Kinshasa.
No total, mais de mil e 70 crianças, associadas aos grupos armados, nomeadamente os de rebeldes ruandeses das Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda (FDLR), Mayi Mayi Nyatura, Rahiya Mutomboki e NDC Cheka, foram registadas pela Secção da Protecção da Criança da Missão das Nações Unidas para a Estabilização na RD Congo (MONUSCO) em 2015.
A MONUSCO lembra que a vida de uma criança num grupo armado é um horror e pede aos líderes dos grupos armados para libertarem as crianças das suas fileiras.
“Estas são crianças, não soldados. Pedimos ao Governo da RD Congo para deter e processar autores destes crimes”, sublinha a MONUSCO. Além do recrutamento forçado, muitas vezes através de raptos violentos, as crianças são testemunhas das atrocidades e, às vezes, forçadas a cometê-las e pelo menos 73 crianças morreram ou ficaram mutiladas na sequência de violências ligadas ao conflito deste ano.
A MONUSCO reafirma com força que este fenómeno deve cessar para o bem-estar das crianças.