Mais de 65 presidentes de municípios de todo o mundo, incluindo os edis moçambicanos de Nampula e da Matola, comprometeram-se nesta quarta-feira a implementar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS) na suas cidades e a combater o aquecimento global, dizendo que as sociedades enfrentam várias ameaças.
Os edis firmaram um compromisso durante conferência sediada pelo Vaticano com participantes como Mahamudo Amurane (NAmpula), Calisto Cossa (Matola), Fernando Haddad (São Paulo), Eduardo Paes (Rio de Janeiro), Bill de Blasio (Nova York) e Anne Hildago (Paris), além dos presidentes dos municípios de Estocolmo, Johanesburgo e da Cidade do México.
“A própria essência de nossas sociedades está ameaçada pelas desigualdades crescentes, pelas necessidades negligenciadas dos extremamente pobres e extremamente vulneráveis e por um meio ambiente sendo afectado por ondas de calor mais frequentes e intensas, secas, inundações, aumento do nível dos mares e outras ameaças relacionadas ao clima”, afirma o compromisso.
A Organização das Nações Unidas (ONU) deve adoptar em Setembro os ODS, que incluem 17 compromissos de líderes mundiais para erradicar a fome e a pobreza extrema até 2030, reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles, conquistar a igualdade de géneros, garantir a administração sustentável da água e da energia e adoptar acções urgentes para combater a mudança climática.
Cumprir os objectivos custaria entre 3,3 e 4,5 triliões de dólares norte-americanos por ano, e lutar contra a mudança climática e adaptar-se aos seus efeitos irá custar aos países pobres estimados 100 biliões de dólares anuais.
Os edis, aos quais o papa Francisco discursou na terça-feira, prometeram divulgar as conquistas dos ODS nas suas cidades e formar a Aliança Urbana ODS, comprometida com o desenvolvimento sustentável.
A conferência de dois dias foi a mais recente tentativa do Vaticano de influenciar políticas de governo em temas como o desenvolvimento sustentável e a mudança climática.
