O homem que abriu fogo num cinema nos Estados Unidos, James Holmes, foi considerado culpado nesta quinta-feira de múltiplas acusações de assassinato em primeiro grau, uma decisão que permite que os promotores peçam a pena de morte para o ex-aluno de pós-graduação que matou uma dúzia de pessoas e feriu outras 70 na pré-estreia à meia-noite de um filme do Batman em 2012 no Colorado.
Depois de um julgamento de três meses em que foram apresentados depoimentos de centenas de testemunhas e milhares de provas, os jurados deliberaram por cerca de um dia e meio e decidiram que Holmes é culpado de todas as 165 acusações que pesavam contra ele.
O painel composto por nove mulheres e três homens rejeitou a alegação da defesa de que Holmes era legalmente insano na época do crime. Antes de o júri ser chamado o juiz distrital do condado de Arapahoe, Carlos Samour, advertiu a galeria pública lotada para se abster de manifestações emocionais.
Num tribunal em silêncio, a leitura do veredicto durou mais de uma hora. Holmes não demonstrou nenhuma reação. Vestindo camisete azul e amarrado ao chão, o atirador ficou ao lado de seus advogados nomeados pelo tribunal, olhando para a frente com as mãos nos bolsos.
O julgamento agora entra na fase da punição, quando o júri deve determinar se Holmes, de 27 anos, deve ser condenado à morte ou servir uma sentença de prisão perpétua obrigatória, sem possibilidade de liberdade condicional. Esse processo deve durar até o fim de Agosto, e ambos os lados devem apresentar uma nova rodada de testemunhas.
