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Xiconhoquices da semana: Chama da Unidade Nacional sem os partidos da oposição; Evasão de reclusos em Chiúre; Troca de avião presidencial por comercial

Xiconhoquices da semana: Investimentos do Banco Mundial em combustíveis fósseis; Endividamento das Empresas Públicas; Crise de gás de cozinha

Os nossos leitores elegeram as seguinte Xiconhoquices na semana finda:

Chama da Unidade Nacional sem os partidos da oposição

A chama da Unidade Nacional percorreu várias regiões de Moçambique, entre Abril e Junho, e chegou ao Estádio da Machava no dia da celebração dos 40 anos de independência nacional. O país esteve em festa mas não se percebe com que intenção a tocha leva a designação de chama da Unidade Nacional se os moçambicanos continuam divididos e com tendência de entrarem em colisão que pode resultar num catástrofe humanitário. Enquanto alguns entendem que o país está nos trilhos, outros consideram que , pese embora nos tenhamos libertado do jugo colonial, falta a paz efectiva e duradoira. Outros ainda, alegam que ainda vivemos numa ditadura subtil fomentada pelo partido no poder. A chama da Unidade Nacional não teve e nunca teve grande importância porque os partidos da oposição ainda se excluem dos eventos públicos. Eles não podem ser forçados a fazerem parte do processo mas é preciso que se encontre um meio-termo no sentido de eles estarem inclusos para que haja uma verdadeira pacificação.

Evasão de reclusos em Chiúre

Trinta e cinco reclusos, de um total de 83, evadiram-se no Estabelecimento Penitenciário Distrital de Chiúre, nas primeiras horas de 29 de Junho, na província de Cabo Delgado. Um dos presos acabou por ser alvejado mortalmente durante a fuga. O Serviço Nacional Penitenciário explicou que a evasão aconteceu quando um guarda penitenciário em serviço decidiu abrir portões de uma das duas celas comuns, onde se encontravam internados os 83 reclusos, sem tomar as necessárias precauções de segurança. Como é que um carcereiro arrisca escancarar as portas de uma cadeia onde existem 83 enclausurados, sabendo que não dispõe da ajuda dos colegas? Talvez ele não tenha culpa, porque não podia impedir que os reclusos usufruíssem do seu banho de sol. Os dois colegas que não estavam presentes, dos quais um por abandono do posto e outro por falta de comparência ao serviço, devem ser bem punidos por incompetência. Todos os danos que aconteceram na sua ausência, principalmente a morte de um dos detidos durante a fuga, em virtude de ter sido alvejado pelo guarda, que sejam imputados aos faltosos.

Troca de avião presidencial por comercial

O Presidente da República, Filipe Nyusi, decidiu trocar o avião presidencial pelo comercial. A medida reduz até certo ponto os gastos que ele e a sua equipa têm efectuado durante o périplo pelo país. Contudo, esta solução de reduzir os custos de viagem continua a ser paliativa. É uma tentativa de fazer com que a população pense que o Chefe de Estado já iniciou a materialização das suas promessas de combater o despesismo. Avião é avião, sempre requer bilhete de passagem, o qual deve ser pago por alguém – e no seu caso pelo Estado através dos impostos dos moçambicanos – e é preciso saber que o avião mesmo parrado cista dinheiro. Excelentíssimo senhor Presidente, o próximo passo deve ser , imperiosamente, a redução os gastos com combustível e inúmeros subsídios sem nexo em vigor nos ministérios do seu Governo. Em vez que importar viaturas de luxo para os seus sequazes, que opte sempre por veículos de baixo custo de pouco consumo de combustível. O dinheiro que mensalmente é despendido nos seus ministérios, com as rubricas sem peso no progresso de Moçambique, que seja alocado noutras causas.

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