O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas estendeu nesta segunda-feira por mais um ano a missão de paz para proteger civis e garantir a entrega de ajuda humanitária na região de Darfur, no Sudão, apesar de pedidos do Governo para que encerrasse a operação de 1,1 bilião de dólares.
A lei e a ordem entraram em colapso em grande parte de Darfur, onde rebeldes, principalmente não-árabes, pegaram em armas em 2003 contra o governo liderado por árabes em Cartum, acusando-o de discriminação.
Uma missão conjunta, a Unamid, entre ONU e União Africana desembarcou por lá em 2007. O Sudão pediu à Unamid, no fim do ano passado, para que se preparasse para deixar o país enquanto uma disputa sobre tentativas da missão de investigar um suposto estupro em massa conduzido por soldados sudaneses na cidade de Tabit. O governo nega qualquer irregularidade de seus soldados.
Numa resolução adotada por unanimidade, os 15 membros do Conselho de Segurança salientaram que qualquer recuo da missão seria medido sob as condições no local, e também seria implementado em fases, de uma maneira flexível e reversível.
“Agora não é hora de parar e correr. O Sudão tem o maior número de pessoas deslocadas internamente na África. E 2014 viu o pior nível de sofrimento nos últimos 10 anos”, disse o embaixador britânico na ONU, Matthew Rycroft, a repórteres.