A Polícia da República de Moçambique (PRM) deteve um cidadão identificado apenas pelo nome de Carlitos, de 37 anos de idade, na posse de 46 armas de fogo do tipo AK-47, entre 13 e 19 de Junho em curso, no distrito de Cheringoma, província de Sofala, onde na semana anterior foram recuperadas outras 46 armas do tipo AKM escondidas numa floresta supostamente por gente desconhecida. O caso ainda não foi esclarecido.
No total são 92 armas de guerra já recolhidas pelas autoridades policiais numa parcela do país onde até Outubro do ano passado as Forças de Defesa e Segurança se confrontavam com os guerrilheiros da Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique, por questões que levaram à realização do diálogo político, que até agora não tem surtido os efeitos desejados.
As AKM’s, uma versão melhorada de AK-47, são fuzis de ofensiva militar que podem disparar tiros únicos ou rajadas automáticas a um ritmo bastante acelerado, daí que sejam uma das opções dos assaltantes, raptores e outras gangues.
Pedro Cossa, porta-voz do Comando-Geral da PRM, que assegurou, há dias, estar em curso uma investigação no sentido de se apurar a proveniência dos instrumentos bélicos achados numa mata em Cheringoma e os presumíveis donos, não disse em que ponto está o caso.
Contudo, em relação à recente apreensão, o agente da Lei e Ordem disse, na terça-feira (23), à Imprensa, que o indivíduo detido em conexão com tais armas declarou que elas pertencem ao partido liderado por Afonso Dhlakama e pretendia vendê-las ao preço de cinco mil meticais cada. Ou seja, com as 46 armas ganharia 230 mil meticais.
De acordo com Cossa, o indiciado foi surpreendido quando tentava vender as mesmas. “As informações em torno do assunto são escassas, mas há diligências em curso no sentido de apurar mais detalhes”.
Enquanto isso, no período em alusão, as autoridades policiais moçambicanas detiveram na 9ª esquadra, no município da Matola, três cidadãos que respondem pelos nomes de Jorge, Carlitos e Rosa, com idades compreendidas entre 19 e 44 anos, acusados de sequestrarem uma criança de um ano e cinco meses de idade, na última segunda-feira (15).
No Aeroporto Internacional de Mavalane foi detido um jovem de nacionalidade chinesa, surpreendido na posse de três quilogramas de derivados de marfim. Neste intervalo, a corporação prendeu 2.199 pessoas, das quais 1.979 por violação de fronteiras, 133 por cometimento de diversos crimes e 17 por imigração ilegal.
Da República da África do Sul foram repatriados 840 moçambicanos, sendo na sua maioria homens em número de 833, por permanência ilegal naquele território vizinho.