Os cidadãos de nacionalidades moçambicana e paquistanesa, de 27 e 45 anos de idade, respectivamente, sequestrados na primeira semana de Junho, na cidade de Maputo, continuam em parte desconhecida e, presumivelmente, ainda em poder dos bandidos. Porém, o indivíduo raptado na manhã de quinta-feira (18), no bairro de Malhangalene, foi resgatado pela Polícia da República de Moçambique (PRM), no último sábado (20), no bairro do Jardim, numa operação que culminou com a morte de dois elementos da gangue, durante uma troca de tiros.
A Polícia disse à Imprensa que a vítima, ora em convívio familiar, tem 25 anos de idade. Na mesma operação, um agente da Lei e Ordem ficou ferido mas está fora de perigo, segundo Orlando Mudumane, porta-voz do comando da PRM em Maputo, o qual acrescentou que foram apreendidas duas armas de fogo do tipo pistola e 19 munições.
Para além de alvejar dois malfeitores a tiro, um suposto cabecilha da quadrilha foi recolhido às celas. O cidadão liberto com a ajuda da corporação contou que os meliantes não chegaram a estipular um valor para o seu resgate. Eles exigiam com insistência o número de telefone do seu patrão para alegadamente negociarem a soltura, uma vez que eles “achavam que fosse o meu pai”.
A vítima declarou ainda que não foi torturada fisicamente, mas sofreu ameaças psicológicas que consistiam na possibilidade de ser atirado a uma linha férrea caso não revelasse o contacto.
De acordo com Mudumane, a residência na qual o cidadão em causa foi resgatado era arrendada e há poucas informações sobre um possível envolvimento do proprietário com o bando. As diligências prosseguem no sentido de neutralizar os restantes membros da quadrilha que se escapuliram quando se aperceberam da presença das autoridades.