Os nossos leitores elegeram as seguinte xiconhoquices na semana finda:
Derrota dos Mambas em casa
Se o jogo entre Moçambique e Ruanda fosse uma briga entre pessoas, sem dúvidas que os moçambicanos estariam a esfregar as mãos para receberem uma indemnização choruda pelas ofensas morais, físicas e demais coisas que a lei se encarregaria de fixar a seu favor por terem sido vítimas, sobretudo na sua própria casa. Infelizmente, futebol é outra coisa, por isso, quem dá “porrada” ao adversário é aplaudido, louvado e até endeusado. A esta altura, os ruandeses orgulham-se de ter vindo humilhar-nos no nosso reduto. A derrota dos Mambas em casa é uma decepção que nos deixa frustrados, porque não explica que os amantes de futebol tenham lotado o Estádio do Zimpeto para sofrerem e serem envergonhados. Em casa nós é que mandamos e esta regra nunca deve ser quebrada. Custe ou não, é imperioso ganhar os jogos feitos internamente. É inadmissível que as pessoas se mobilizem umas às outras para serem sujeitas ao vexame. Basta de xinconhoquices!
Confrontos entre o Exército e a Renamo
As Forças de Defesa e Segurança (FDS) e a Renamo atacaram-se em Funhalouro, província de Inhambane, e no posto administrativo de Zóbue, no distrito de Moatize, província de Tete. Nesta última ofensiva houve mortos e feridos em número não especificado, segundo o partido liderado por Afonso Dhlakama. A Polícia diz que um seu agente morreu, dois ficaram feridos e o ataque foi protagonizado pela “Perdiz”. Seja quem for o autor desta vergonha, o que pedimos é que parem com isso. A guerra já não interessa a ninguém, mas se as partes quiserem medir forças que arranjem outro espaço fora Moçambique para o efeito. E deviam direccionar o tempo que gastam a pensar na guerrilha a coisa úteis como, por exemplo, com vista a encontrar soluções para a criminalidade que nos inquieta. Aqueles que têm armas indevidamente deviam transformá-las em enxadas para a produção de comida como forma de mostrarem que lutam pela preservação da paz, que até agora não passa de um discurso político e demagogia.
Aprovação da Conta Geral do Estado 2013
A bancada da Frelimo na Assembleia da República voltou a agir tal como se previa ao aprovar um documento que para si é uma cópia fiel da realidade. A Conta Geral do Estado referente ao exercício económico de 2013 foi censurada pelo Tribunal Administrativo (TA) e o Governo fez muito pouca coisa para melhorar o que estava errado. Aliás, os erros cometidos nos anos anteriores foram transladados para o documento em questão. A ausência de comprovativos de certos gastos efectuados pelo Executivo é um dos aspectos perante o qual a Frelimo preferiu fechar os olhos, pese embora a “crítica” do TA e dos partidos da oposição, porque, na verdade, este partido é o próprio Governo. Ou seja, muita gente que se faz passar por deputado no Parlamento, hoje, foi gestora de alguns ministérios. Está-se aqui perante um caso em que aqueles que fizeram uma má administração do erário aprovam as próprias irregularidades e ganham mais uma oportunidade para perpetrarem outras barafundas.