Os nossos leitores elegeram as seguintes xiconhoquices na semana finda:
Agentes da PIC que vendem armas
Jaime Timana, de 56 anos de idade, afecto ao Laboratório Central de Criminalística da Polícia de Investigação Criminal (PIC) em Maputo, está detido por roubo de quatro pistolas naquelas instalações que vendeu pelo menos três a 10 mil meticais cada, com a ajuda de uma amante, a um cidadão identificado pelo nome de Arone, residente no distrito de Moamba, província de Maputo. Em que sociedade nos encontramos e como é que se pretende combater o crime com polícias que até envolvem amantes no comércio de armas? Arão Vilanculo, de 54 anos de idade, também fez parte do bando e manchou a Cruz Vermelha de Moçambique, onde trabalha, ao aceitar entrar no esquema. E como se explica que a tal amante de Jaime, uma enfermeira afecta ao Hospital Geral da Machava, tenha deixado de atender os doentes para intermediar a venda de armas a troco de 1.500 meticais? Seja qual for o valor, o que as pessoas não podem fazer é deliberar fomentar um mal que preocupa a todos.
Conselho Nacional da Renamo
A Renamo esteve reunida na Beira em Conselho Nacional. O que não se viu nesse encontro são as prometidas “decisões muito importantes para o país no âmbito político, económico e social”. Isto é treta! Depois de a Frelimo ter roubado os votos nas últimas eleições, segundo a oposição, ter dito “NÃO e NÃO” no Parlamento à introdução do projecto sobre as autarquias provinciais e, por sua vez, o Governo ter dispensado a Equipa Militar de Observação da Cessação das Hostilidades Militares (EMOCHM) por entender que estava a despender dinheiro em vão e não havia nenhum acordo com a sua contraparte, a “Perdiz” tem o direito de fazer o que estiver ao seu alcance para colocar em prática o que ela e os seus seguidores acham certo. Nisso tudo, é tolice que este movimento beligerante nos entretenha com um encontro que na prática não vai resultar em grandes coisas. O povo agradeceria se tivesse aplicado o montante gasto com águas e comida em causas sociais.
Declarações de Filipe Nyusi a Afonso Dhlakama
“Mesmo que tenham seguidores, os que pretendem dividir o país não têm projectos de desenvolvimento que possam responder aos anseios do povo”. Foi com estas palavras que o Presidente da República, Filipe Nyusi, respondeu a Afonso Dhlakama a partir de Nampula, onde cumpria mais uma Presidência Aberta, tendo acrescentado que sem recurso à “musculatura”, o seu Governo não vai permitir a divisão do país nem a tomada do poder à força nas províncias onde a Renamo e o seu líder reclamam ter ganho as eleições de Outubro do ano passado. O Chefe de Estado, que falou para os moçambicanos aquando da sua tomada de posse, parece que esfumou. Nota-se, de há algum tempo para cá, um Alto Magistrado da Nação sem nada para dizer, principalmente ao povo nas zonas que visita. Quando isto acontece o melhor a fazer é manter a boca fechada. Um Chefe de Estado não deve andar em guerrinhas com gente que gosta de estar sempre a falar, sobretudo de combate. Evita ser intriguista!