A Representação do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em Cartum lançou um apelo para fundos de emergência para os serviços essenciais destinados a mais de 100 mil crianças sul-sudanesas que fugiram para o Sudão com as suas famílias devido ao conflito no vizinho Sudão do Sul.
Num comunicado transmitido quarta-feira à PANA, o UNICEF declarou que as crianças representam mais de 60 porcento dos refugiados sul-sudaneses, bem como mais de 60 porcento dos repatriados sudaneses. As crianças residentes nas comunidades sudanesas de acolhimento, onde os campos foram estabelecidos, foram generosas partilhando as suas escolas. No entanto, a forte procura pela educação prejudica as instalações existentes.
“As crianças são as principais vítimas da intensificação do conflito no Sudão do Sul. Elas sofreram da exposição a uma guerra brutal que as afastou das suas casas e as separou do meio familiar. Não podemos fazer sofrer estes rapazes e estas raparigas de novo ao omitir fornecer em tempo oportuno ajuda humanitária de qualidade e protecção”, indicou o representante do UNICEF, Geert Cappelaere.
A agência da ONU advertiu que, até finais de junho corrente, os fundos já não estarão disponíveis para apoiar estes petizes, pois ela recebeu apenas 16 porcento dos 117 milhões de dólares americanos necessários. Ela reafirmou o seu apelo à comunidade internacional para intensificar com urgência o seu financiamento com vista a ajudar-lhe a fornecer os serviços necessários a estas crianças.
“Os fundos disponíveis para responder às necessidades múltiplas e essenciais das crianças estão a ser preparados para junho. Actualmente, há lacunas importantes no fornecimento de serviços essenciais, nomeadamente água e saneamento, ensino da higiene, tratamento da desnutrição, apoio às crianças separadas e desacompanhadas, bem como vacinação”, acrescentou.