A Polícia da República de Moçambique (PRM) diz que abortou, na segunda-feira (08), um rapto cuja vítima seria uma funcionária sénior de uma empresa de telefonia móvel em Maputo. O acto seria protagonizado por quatro cidadãos de nacionalidade vietnamita, dos quais um já está detido, e três moçambicanos.
O vietnamita, ora a contas com as autoridades, tem 36 anos de idade e está em Moçambique há uma semana. Acredita-se que veio com a missão de materializar o sequestro. Os seus comparsas encontram-se em parte incerta.
Na posse do visado, a Polícia apreendeu 253 mil meticais autênticos, 900 mil dólares norte-americanos falsos (mais de 29.700.000 meticais), 34 telefones celulares e igual número de cartões iniciais, dentes e unhas de leão, várias dosagens de drogas (comprimidos e soníferos) e uma balança.
A Polícia não confirma nem comenta sobre a relação do vietnamita com a Movitel; porém, pode-se presumir que a pessoa que seria sequestrada trabalha naquela operadora, uma vez que o indivíduo preso faz parte da nacionalidade de um grupo com interesses empresariais naquela firma.
A corporação acredita que se trata de uma quadrilha de sequestradores e supõe que os medicamentos eram usados para adormecer as vítimas. Segundo Orlando Mudumane, porta-voz do Comando da PRM a nível da cidade de Maputo, presume-se ainda que os aparelhos telefónicos e os cartões iniciais seriam usados e posteriormente inutilizados para despistar as autoridades e dificultar as operações de resgate da vítima e detenção do bando.
“A Polícia já tinha algumas informações acerca do grupo e, quando se dirigiu à residência onde estava hospedado, no bairro de Malhangalene “B”, conseguiu neutralizar apenas um dos elementos. Os agentes da Lei e Ordem estão a trabalhar no sentido de capturar e responsabilizar os foragidos”, concluiu Mudumane.
Refira-se que os vietnamitas têm estado envolvidos em larga escala em casos de tráfico de cornos de rinocerontes e de elefantes.