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Se a protecção falhar, grandes espécies marinhas moçambicanas terão o mesmo fim que os rinocerontes e elefantes

Se a protecção falhar

Há um desconhecimento total da existência de tubarões, mantas, raias, baleias, dugongos e tartarugas marinhas por parte de grande parte da população moçambicana, mormente a residente nos centros urbanos, mas, também, há muita gente que, impunemente, se dedica à captura desses gigantes animais marinhos, ora ameaçados de extinção, para vários fins, sobretudo para alimentar as redes de tráfico de países como a China.

A Associação Megafauna Marinha (AMM), uma organização moçambicana sediada na Praia do Tofo, província de Inhambane, que lidera uma exposição no Museu de História Natural em Maputo, de 08 de Junho em curso a 02 de Agosto próximo, indica que o sul de Moçambique é o habitat de tubarões-baleia e mantas, a nível mundial; porém, ao longo da última década estes animais diminuíram na ordem de 79% e 88%, respectivamente.

Andrea Marshall, presidente daquela agremiação, disse ao @Verdade que o Dia Mundial dos Oceanos, celebrado a 08 de Junho, é uma oportunidade para o público reflectir sobre a importância deste meio aquático e em torno dos problemas que nele acontecem, bem como para “juntos encontrarmos formas de reduzir o impacto negativo sobre os oceanos” e tomar medida positivas “em benefício dos animais marinhos”.

A nossa entrevistada considera que o perigo que os tubarões, as mantas, as raias, as baleias, os dugongos e as tartarugas marinhas correm devido, por exemplo, à poluição das águas do mar, à pesca desenfreada, principalmente no acto da captura de espécies como o atum, é semelhante ao que se passa com os elefantes, que continuam a ser impiedosamente caçados, pese embora haja leis que os defenda.

Os mares são uma fonte de vida para os animais e para o próprio homem. Contudo, há uma imensidão de problemas que perfazem uma vasta lista, que vão desde a pesca excessiva e desregrada, passando pela ineficiência das leis ambientais e uma certa impunidade das pescadores ilegais, até desembocar na falta de capacidade das instituições de fiscalizar a extensa consta moçambicana.

As pessoas que vivem ao longo da costa sabem da existência desses animais e da sua importância, mas os citadinos revelam um grande desconhecimento e o trabalho da AMM é informar à população o que o país tem de potencial no oceano, explicou Andrea.

Aquela associação indica que Moçambique é um destino turístico para safaris no oceano devido à abundância de tubarões-baleia, mantas e baleias. Por esta razão, Inhambane é o ponto de convergência de turistas. Porém, um inquérito realizado na Praia do Tofo concluiu que estes indivíduos não visitariam a província de Inhambane se estas espécies não existissem, o que suscita a necessidade de se preservar esta megafauna.

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