Os principais sindicatos opositores da Argentina fizeram nesta terça-feira uma greve geral para exigir melhores salários e a redução do imposto sobre os rendimentos, enquanto que a economia está estagnada quatro meses antes das eleições presidenciais. A medida de força, a segunda desde Março, afectava principalmente o transporte público de passageiros e de cargas, o transporte aéreo, hospitais, postos de combustíveis e portos.
A greve, segundo os organizadores, é para exigir do governo um alívio na carga fiscal diante da queda no poder de compra como resultado de uma inflação galopante. “A participação é total, hoje nada funciona. A greve é sintoma de que algo está mal”, disse à Reuters o secretário de Transporte do poderoso Sindicato de Motoristas de Camiões, Omar Pérez.
Os terminais de autocarros estavam desertos nesta terça-feira, enquanto que o tráfego de carros particulares era intenso. Activistas de partidos de esquerda bloquearam alguns acessos à cidade de Buenos Aires. Na região portuária de Rosário, um dos maiores núcleos agro exportadores do mundo, a actividade era reduzida.
De acordo com a Bolsa de Comércio de Rosário, a quantidade de camiões com grãos que entraram nos terminais da região caiu 72,2 por cento em relação a segunda-feira, para apenas 985 veículos.
O governo rejeitou as exigências dos sindicatos e atribuiu o protesto a um objectivo meramente político dos sindicatos opositores em ano eleitoral.