Os sequestradores, que supostamente agem sob um comando invisível, continuam a fazer vítimas na capital moçambicana, onde a Polícia abunda por tudo o que é canto. Na semana passada, um grupo de indivíduos não identificados sequestrou um cidadão de nacionalidade paquistanesa, de 45 anos de idade, comerciante, no bairro Central. A vítima foi forçada a entrar no veículo dos presumíveis raptores e conduzido para parte incerta. Noutro ponto de Maputo foi sequestrado um cidadão moçambicano, de 27 anos de idade.
Orlando Mudumane, porta-voz do comando da Polícia da República de Moçambique (PRM) a nível da cidade de Maputo, não forneceu detalhes sobre a ocorrência. O cidadão continua em poder dos malfeitores.
Na mesma semana, os presumíveis sequestradores protagonizaram mais um acto ignóbil. A vítima foi um moçambicano, de 27 anos de idade, cujo nome não foi revelado. Ele é identificado como um dos accionistas de uma estância turística. Os meliantes ameaçaram a vítima e levaram-na na sua própria viatura para um destino até aqui desconhecido.
Orlando Mudumane, porta-voz da PRM em Maputo, assegurou que as diligências continuam no sentido de se localizar as duas vítimas e os respectivos autores para que sejam responsabilizados.
Refira-se que a 09 de Fevereiro, a Polícia da República de Moçambique (PRM) apresentou à Imprensa um grupo de cidadãos acusado de protagonizar sequestros nas cidades de Maputo e da Matola, dos quais alguns são apontados como os cabecilhas do crime que na altura já tinha feito três vítimas.
A exposição pública do grupo em causa, uma prática que contraria o que prevê o artigo 41 da Constituição da República, segundo o qual “todo o cidadão tem direito à honra, ao bom nome, à reputação, à defesa da sua imagem pública e à reserva da sua vida privada”, aconteceu na 18ª esquadra, na capital moçambicana.
Os dois últimos sequestros podem ser uma prova de que os cidadãos detidos, bem como os que já foram julgados e condenados no passado não são os cabecilhas da rede que tem estado a causar terror em Maputo e na Matola.