A coligação de partidos políticos de centro-esquerda venceu as eleições regionais realizadas este domingo em Itália ao conquistar cinco das sete circunscrições onde se votava, embora o Partido Democrata (PD) do primeiro-ministro, Matteo Renzi, tenha sofrido um claro retrocesso em relação ao último pleito europeu.
A centro-esquerda ganhou com tranquilidade nas regiões de Úmbria, Las Marcas, Apúlia, Toscana, mas o PD ficou com 23%, muito abaixo dos 40% que conseguiu nas últimas eleições.
Embora ainda não haja resultados definitivos, tudo indica que a centro-esquerda perdeu um dos seus redutos, a Ligúria, onde venceu o candidato da coligação de centro-direita e um dos homens de confiança de Berlusconi, Giovanni Toti, com 34,6%, enquanto a candidata do PD, Raffaella Paita, ficou com 27,9%. Mas recuperou a Campânia, onde Vicenzo di Luca parece que irá vencer o governador em fim de mandato da centro-direita, Stefano Caldoro.
Estas eleições determinaram, além disso, um novo triunfo para o Movimento 5 Estrelas de Beppe Grillo, que em três regiões superou os 25% dos votos e tornou-se o maior partido.
A Liga Norte também pode comemorar, porque não só confirmou o governador em Vêneto, Luca Zaia, apoiado por uma coligação de centro-direita, mas também superou a Forza Itália de Silvio Berlusconi.
Berlusconi pode considerar-se satisfeito com os resultados na Ligúria, onde o seu partido continua a perder votos, mas ficou com 10%.
Na Apúlia, a vitória foi para o candidato da centro-esquerda Michele Emiliano com 47,3%, e muito longe ficou Francesco Schittulli, apoiado pelos dissidentes do Forza Itália, com 18% dos votos.
Em relação às chamadas regiões “vermelhas”, por serem redutos históricos da esquerda, na Toscana venceu o actual presidente e candidato do PD, Enrico Rossi, e confirmou-se no cargo a governadora da Úmbria, Catiuscia Marini. Em Las Marcas, o candidato da centro-esquerda Luca Ceriscioli venceu com 41%, seguido pelo Movimento 5 Estrelas.
