Dezassete imigrantes morreram a bordo de um barco próximo à costa da Líbia, anunciou a Marinha italiana no mais recente episódio da crise de imigração no mar Mediterrâneo. Mais de 4.200 imigrantes que tentavam chegar à Europa foram resgatados em botes no Mar Mediterrâneo nas últimas 24 horas, disse neste sábado a Guarda Costeira italiana.
Refugiados que fogem da guerra e da perseguição política e imigrantes económicos que procuram desesperadamente uma vida melhor chegam maciçamente à Itália este ano, em uma cifra que se aproxima de 35.500 chegadas para a primeira semana de maio, de acordo estimativas da agência de refugiados da ONU. Cerca de 1.800 morreram ou estão desaparecidos.
Um porta-voz da Marinha disse que era muito cedo para dizer como os imigrantes morreram ou para onde irá os que foram resgatados.
Entretanto mais de 4.200 imigrantes que tentavam chegar à Europa foram resgatados em botes no Mar Mediterrâneo nas últimas 24 horas, disse neste sábado a Guarda Costeira italiana. Num dia que registou um dos mais intensos tráfegos de imigrantes no ano, um total de 4.243 pessoas foram salvas em barcos pesqueiros e botes infláveis em 22 operações envolvendo navios de Itália, Irlanda, Alemanha, Bélgica e Grã-Bretanha.
Muitos imigrantes que fogem das guerras e da pobreza na África e no Oriente Médio estão desembarcando na Itália neste ano. O país é o que mais tem actuado nas operações de resgate no Mar Mediterrâneo.
A maioria das embarcações sai da Líbia, que se tornou uma anarquia depois que forças ocidentais lideraram uma revolta que derrubou Muammar Khaddafi em 2011.
O mar calmo tem ajudado no aumento do tráfego. No ano passado, cerca de 800 imigrantes morreram afogados no Mar Mediterrâneo após um barco pesqueiro de 20 metros afundar após partir da Líbia.
