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SELO: Afinal, onde estamos? – Por João Dias

Senhor director, desde já, os meus agradecimentos por aceitarem a publicação desta minha cartinha.

Assisti no telejornal da STV, no último sábado, 09 de Maio corrente, uma reportagem sobre o despejo de uma família na cidade da Beira, facto que me deixou indignado.

Assim, exponho a minha indignação, porque, em primeiro lugar, não sabia que a Administração do Parque Imobiliário do Estado (APIE) ainda existia.

Mas tudo bem, existindo, esta empresa, tem o poder suficiente para executar um despejo, fazendo-se acompanhar pela Polícia da República de Moçambique (PRM)?

Segundo a lei em vigor no nosso país, o DESPEJO é uma execução de sentença, a qual quem dita são os TRIBUNAIS. E o despejo só é executado forçadamente em caso de o sentenciado não cumprir a decisão por livre vontade.

Ora, assim sendo, nunca deveria ser a APIE a tirar aquela família de uma casa na qual vivia há bastante tempo. Caso eu esteja enganado gostaria de obter algum esclarecimento em torno deste assunto.

Aquela família, segundo o director da APIE, remeteu, em 2013, os documentos para regularização da situação e o processo foi indeferido. O mesmo dirigente afirmou, sem dar explicações para o efeito, que o documento foi recusado por si.

Então vejamos, qual é a intenção da APIE ao recusar tal regularização?

Aquela família, segundo ouvi dizer, vivia naquela residência desde 1995, quando o seu patrão os deixou na casa. Essas pessoas não ocuparam a moradia à forca.

Onde estava a APIE desde essa altura? É preciso lembrar que há 20 anos que essa família vive na casa em questão.

A isto chama-se FAZER JUSTIÇA PELAS PRÓPRIAS MÃOS Segundo tenho conhecimento, há, neste tipo de casos, situações que devem ser tratadas até quinta-feira de cada semana, nunca às sextas-feiras, nem depois das 11 horas da manhã.

Isto foi propositado para que a família não tivesse tempo para recorrer? Este director, deve ter alguma coisa ou intenção.

À PRM, peço para que esteja atenta para não denegrir a sua imagem. Antes de se envolver em qualquer situação deverá primeiro analisar.

Bem, desculpem-me mas, tentando analisar estes e outros factos, deduzo que seja caso para ser bem investigado pelo GABINETE DE COMBATE À CORRUPÇÃO.

Peço à LIGA DOS DIREITOS HUMANOS e à PROCURADORIA PROVINCIAL para que intervenham no sentido de a verdade ser reposta. Devo Lembrar ainda que TODO O CIDADÃO TEM DIREITO A UM TECTO.

A bem da verdade que se tomem imediatas apropriadas

Por João Dias

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