Manifestantes queimaram um homem vivo na capital de Burundi nesta quinta-feira, dizendo que ele era membro da ala jovem do partido governista que os atacou durante manifestações contra a tentativa do presidente de buscar um terceiro mandato, disse uma testemunha.
As ruas de Bujumbura têm vivido um clima de tensão há quase duas semanas entre manifestantes e a polícia, que tem usado gás lacrimogéneo e canhões de águas contra os protestos e, segundo os manifestantes, munições reais. A polícia nega.
A violência lançou o país africano em sua pior crise desde o fim da guerra civil de 2005, despertando temores sobre novos derramamentos de sangue numa região ainda assombrada pelo genocídio na vizinha Ruanda.
A presidente da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma, juntou-se aos adversários do governo na quinta-feira afirmando que a situação se deteriorou de tal forma que a eleição presidencial de 26 de Junho deveria ser adiada.
Manifestantes disseram que o homem queimado vivido era membro da ala jovem Imbonerakure, do partido governista CNDD-FDD, que eles dizem tê-los atacado. O governo nega que o grupo Imbonerakure esteja a fomentar a violência.

