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Governo toma medidas contra violência xenófoba na África do Sul

O Presidente sul-africano, Jacob Zuma, pediu que os cidadãos estrangeiros e sul-africanos sejam protegidos “a qualquer preço” na sequência da onda de violência xenófoba iniciada semana passada no Kwazulu-Natal, com um balanço de cinco mortos, incluindo um adolescente de 14 anos de idade. No prosseguimento desses ataques xenófobos, as violentas batalhas de rua paralisaram terça-feira a cidade portuária de Durban e na quarta-feira alguns bairros da cidade de Johannesburg.

O ministro do Interior, Malusi Gibaga, e o primeiro-ministro da Província, Senzo Mchunu, avistou-se com diplomatas da Nigéria, da Somália, do Zimbabwe, da Etiópia, de Moçambique e do Malawi, para analisar a crise que ocasionou a pilhagem de lojas geridas por estrangeiros e a fuga de milhares de refugiados. Segundo Gigaba, os responsáveis comunitários ou ignoraram a crise ou atiçaram o ódio.

“Convidamos todos os Sul-africanos a assumir a responsabilidade de adoptar a hospitalidade que define a nossa ordem democrática e trabalhar juntos para encontrar soluções a um problema que destroi vidas e faz a vergonha da África do Sul no plano internacional”, declarou.

O ministro da Polícia, Nkosinathi Nhleko, afirmou que esta violência exprimia mais uma “Afrofobia” que uma verdadeira xenofobia.”Os Australianos ou os Britânicos não são perseguidos nas ruas”, indicou, comparando esta violência a uma forma de “ódio do africano”.

Por outro lado, as Fundações Nelson Mandela e Ahmed Kathrada convidaram os Sul-africanos a erradicar a xenofobia depois da detenção de pelo menos 46 pessoas. “É a última manifestação dum fenómeno que perturba a nossa democracia há muito tempo”, declararam as fundações num comunicado conjunto.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) exprimiu igualmente a sua profunda preocupação face a esta violência.

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