Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Alemanha rejeita demanda grega por bilhões em reparações da 2ª Guerra Mundial

O ministro da Economia da Alemanha considerou nesta terça-feira “estúpido” o pedido da Grécia de 278,7 biliões de euros em reparações da Segunda Guerra Mundial, enquanto a oposição alemã disse que Berlim deve reembolsar um empréstimo forçado feito na época da ocupação nazista. O vice-ministro grego das Finanças, Dimitris Mardas, fez o pedido na segunda-feira, tocando numa questão emocional num país onde muitos culpam a Alemanha, o seu maior credor, pelas duras medidas de austeridade e os elevados índices recordes de desemprego ligadas a dois programas de resgate internacional totalizando 240 biliões de euros.

O ministro da Economia e vice-chanceler alemão, Sigmar Gabriel, disse que o pedido é “estúpido”, acrescentando que a Grécia, em última análise, tinha interesse em pressionar um pouco os seus parceiros da zona do euro para ajudar Atenas a superar sua crise da dívida. “E esta margem de manobra não tem absolutamente nada a ver com a Segunda Guerra Mundial ou pagamentos de reparação”, disse Gabriel, que lidera os social-democratas (SPD), parceiro minoritário na coalizão de governo com os conservadores da chanceler Angela Merkel.

A Alemanha quer encerrar a questão das reparações e autoridades já argumentaram que o país tem honrado as suas obrigações, incluindo um pagamento de 115 milhões de marcos alemães feito à Grécia em 1960.

Uma porta-voz do Ministério das Finanças disse nesta terça-feira que a posição do governo não mudou. O especialista em orçamento dos conservadores, Eckhardt Rehberg, tem acusado Atenas de deliberadamente misturar a crise da dívida e as exigências de reformas impostas pelos credores internacionais com a questão das reparações e compensações.

“Para mim, a cifra de 278,7 bilhões de euros de supostas dívidas de guerra não é compreensível nem sensata”, disse ele à Reuters. “A questão da reparação tem sido, para nós, debatida tanto de uma perspectiva política como legal.”

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts