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Plantadas casuarinas e eucaliptos para se travar a erosão no Licungo em Mocuba

Plantadas casuarinas e eucaliptos para se travar a erosão no Licungo em Mocuba

A norte do rio Licungo, um dos sítios onde o impacto do transbordo deste curso de água natural foi devastador, foram plantadas, no último sábado (21), mais de 200 mudas de casuarinas e eucaliptos, com vista a evitar-se que os efeitos das próximas chuvas sejam catastróficos tal como aconteceu este ano em Mocuba, na província da Zambézia. A iniciativa vai abranger os distritos da Maganja da Costa, de Namacurra, e do Alto Molócuè, entre outros.

A Faculdade de Engenharia Agronómica e Florestal (FEAF) da Universidade Zambeze, o sector de florestas da Direcção Provincial da Agricultura e o governo local não mediram esforços: na manhã daquele dia deram início ao que consideram projecto de reabilitação das zonas devastadas pelas cheias no município de Mocuba, que deve envolver as comunidade para que estas saibam como cuidar do meio ambiente, evitar o desgaste de solos e prevenir as inundações.

O trabalho foi desenvolvido no âmbito da passagem do Dia Mundial da Floresta, efeméride assinalada sábado passado. Entretanto, as autoridades locais estão preocupadas com o facto de os madeireiros furtivos estarem a promover o desmatamento em diversos pontos daquela província.

A comemoração do facto foi instituída com o objectivo de promover o plantio de árvores e preservar as florestais no mundo para a manutenção do equilíbrio ecológico, da camada de ozono e da vida no planeta. Porém, esforços nesse sentido continuam diminutos.

Em Moçambique, por exemplo, os níveis de desmatação atingem índices cada vez mais preocupantes, razão pela qual existe a necessidade de adopção de estratégias para se inverter a situação. Vários relatórios elaborados por organizações nacionais e estrangeiras indicam que o problema a que nos referimos é estimulado pelos madeireiros chineses que procuram toros para exportação e o Governo mostra-se imponente para travar o caos.

Os funcionários ou fiscais do sector de florestas não conseguem desbaratar os esquemas de contrabando de troncos proibidos, principalmente porque se trata de um negócio que envolve altos dirigentes, pese embora lese a economia. Nomes de José Pacheco, ministro da Agricultura, e de Tomás Mandlate, também antigo titular da mesma pasta já foram apontados como “facilitadores” de negócios de madeira entre as empresas chinesas e as autoridades moçambicanas.

Um estudo feito pela Universidade Eduardo Mondlane, a maior e mais antiga instituição de ensino superior do país, em parceria com a Agência de Investigação Ambiental, revela que mais de dois terços de toda a exploração madeireira actual é ilegal, para além de exceder os níveis de corte sustentável. Por outro lado, a obra mostra que a actividade tende a crescer em cada ano, tendo aumentado 88 porcento desde 2007.

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