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Afonso Dhlakama compara-se a Nelson Mandela

Afonso Dhlakama, Presidente do partido Renamo, comparou-se no domingo ao histórico líder sul-africano Nelson Mandela, reivindicando que deu tudo pelo seu povo. “Já dei tudo ao meu povo, desde 1977, não é só Mandela da Africa do Sul, há mais ´Mandelas`, que é o Dhlakama de Moçambique”, afirmou o líder da Renamo, num encontro com estudantes e académicos na cidade de Tete.

O presidente do principal partido da oposição declarou ainda que consentiu sacrifícios pela instauração da democracia em Moçambique, sublinhando que foi insultado e humilhado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder.

“Querem que África continue atrasada? querem que os europeus, americanos, continuem a dizer que o africano continua atrasado em tudo?”, questionou Afonso Dhlakama desafiando a audiência a “despertar”.

Afonso Dhlakama realiza um périplo por Moçambique para explicar os fundamentos do projeto de lei de criação de províncias autónomas, submetido na semana passada pelo seu partido, que pretende com o diploma governar em seis províncias do centro e norte do país. Dhlakama ameaça governar pela força caso a Frelimo, que tem a maioria na Assembleia da República de Moçambique, chumbe a proposta, que o partido Renamo considera como a única saída para a crise política gerada pela recusa do movimento em aceitar a derrota nas eleições gerais de 15 de outubro.

Nos últimos dias, o partido Renamo e o Governo têm trocado acusações sobre movimentações de homens armados do movimento e do exército, lançando receios de uma nova confrontação militar, como a que ocorreu assolou entre 2013 e 2014, provocando um número indeterminado de mortos e feridos.

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