Sete distritos das províncias da Zambézia e de Nampula, nomeadamente Gurúè, Alto Molócuè, Meconta, Monapo, Murrupula e Nampula-Rapale, vão potenciar, até Outubro de 2017, a produção de variedades melhoradas de batata doce de polpa alaranjada com base em novas técnicas, que também permitem a conservação de ramas e raízes.
O fomento da batata-doce de polpa alaranjada em Moçambique iniciou em finais da década de 1990 e tem sido bastante incentivado pelo Governo por ser rica em vitamina. Aliás, a Saúde indica que 69 porcento da população moçambicana, com destaque para as crianças menores de cinco anos, tem deficiências em termos de vitamina A, a qual é liberta em alto teor pelo tubérculo em alusão. As folhas da batata-doce, um alimento por vezes desprezado, tem também um valor nutritivo bastante importante para o organismo.
Neste contexto, foram lançadas na terça-feira (17) as Tecnologias Viáveis de Batata Doce em África (VISTA), um projecto iniciado em 2014, com duração de três anos, financiado pelo Governo americano, através da sua Agência Desenvolvimento Internacional (USAID), com um fundo de 2,25 milhões de dólares (aproximadamente 750 mil dólares por ano).
O objectivo é melhorar a nutrição, a segurança alimentar e a renda dos agricultores de pequena escala e de suas famílias, através do aumento da produção e melhor utilização de variedades nutritivas da batatas de polpa alaranjada, especialmente para pessoas com insuficiência da vitamina A. Fazem parte deste grupo as crianças com menos de cinco anos de idade e as mulheres grávidas e em amamentação.
Espera-se que o programa beneficie directamente 25 mil agregados e 150 mil de forma indirecta nas províncias acima referidas.