Os Estados Unidos mantiveram Cuba em sua lista negra de países traficantes de pessoas, ao passo que identificaram alguns esforços – não suficientes – para combater este flagelo na Venezuela, na Argentina, na Nicarágua e na Guatemala, em um relatório anual divulgado nesta terça-feira em Washington.
Cuba permaneceu na lista de 17 países onde os governos “não cumprem com os níveis mínimos e não fazem esforços significativos para alcançá-los” no combate ao tráfico de pessoas, segundo o documento emitido pelo Departamento de Estado.
“É difícil calcular a verdadeira amplitude do tráfico de pessoas em Cuba”, já que Havana não dá informações sobre as ações empreendidas para conter este fenômeno e rejeita qualquer diálogo com funcionários norte-americanos por considerá-los parciais, diz o texto, que denuncia a exploração sexual de mulheres e crianças em Cuba.
O relatório avalia os esforços empreendidos por mais de 170 países para combater o comércio de seres humanos para trabalhos forçados, prostituição, serviço militar ou outros fins. O Departamento de Estado recomendou ao regime cubano que “admita que o tráfico de crianças é um problema em Cuba”, que “dê maior proteção e assistência legal às vítimas” e que “desenvolva os procedimentos de identificação das mesmas”.