Vinte e duas pessoas morreram do lado de fora de um estádio de futebol no Egito, no domingo, depois que as forças de segurança impediram a entrada de adeptos, informou a procuradoria. A maioria dos mortos ficou sufocada quando a multidão saiu em correria depois que a polícia usou gás lacrimogéneo para dispersar os adeptos que tentavam entrar a força na partida da liga egípcia entre dois clubes do Cario, Zamalek e Enppi, de acordo com médicos e testemunhas.
Jogos de futebol costumam ser foco de violência no Egito. Em fevereiro de 2012, 72 torcedores morreram durante uma partida em Port Said, e desde então o governo limitou o número de pessoas permitidas em cada partida.
Em alguns casos, adeptos tentam invadir arenas em que não estão autorizados a entrar. A relação entre as forças de segurança e as claques organizadas do Egito está marcada pela tensão desde o levante popular de 2011 que acabou com o regime do autocrata Hosni Mubarak, em que os torcedores de futebol tiveram um papel-chave nos protestos nas ruas.
A procuradoria determinou a prisão dos líderes do grupo de torcedores do Zamalek Cavaleiros Brancos após o incidente de domingo, de acordo com a mídia estatal.
Na sua página no Facebook, os Cavaleiros Brancos descreveram os 22 mortos como “mártires” e acusaram as forças de segurança de cometerem um “massacre”.
Apesar da violência, a partida foi disputada e terminou com um empate de 1 a 1. Depois do jogo, o governo anunciou em nota que o campeonato será suspenso por período indeterminado.