As autoridades indonésias tem prevista a execução no domingo de seis prisioneiros condenados por delitos relacionados com drogas. As execuções foram anunciadas pelo gabinete do Procurador-Geral do país. Será a primeira vez que a pena capital será aplicada sob a presidência de Joko Widodo.
O presidente Widodo, que assumiu o cargo no final de Outubro, sancionou as execuções no mês passado. Ele prometeu não ter nenhuma piedade para com infratores da legislação antidrogas, apesar dos apelos da União Europeia, e da Anistia Internacional.
Entre os condenados a execução estão cinco estrangeiros, um do Brasil, outro da Nigéria, Malawi, Vietname e Holanda.
“O novo governo da Indonésia assumiu o cargo com a promessa de melhorar o respeito pelos direitos humanos, mas a realização dessas execuções seria um retrocesso”, disse Rupert Abbott, diretor de pesquisa para a Anistia Internacional no Sudeste Asiático.
A chefe da política externa da União Europeia, Federica Mogherini, disse que as execuções planejadas são “profundamente lamentáveis” e exortou a Indonésia a estabelecer uma moratória para a pena de morte.
A Indonésia retomou as execuções em 2013 depois de um intervalo de cinco anos sem aplicá-la. Widodo assumiu uma linha-dura na implementação das leis, não só contra as drogas, mas também contra a corrupção e a defesa de direitos marítimos.
Nos seus primeiros meses no cargo, ele ordenou que as embarcações ilegais de pesca sejam explodidas pela Marinha e apoiou a iniciativa sem precedentes de demitir toda a diretoria da gigante de energia Pertamina.