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Francês preso na Bulgária é acusado de ter contacto com os agressores do Charlie Hebdo

Um cidadão francês detido na Bulgária esteve supostamente em contacto algumas vezes com um dos dois militantes islâmicos que mataram a tiros 12 pessoas na redacção em Paris do jornal semanal francês Charile Hebdo, disse uma promotora búlgaro, esta terça-feira (12).

Fritz-Joly Joachin foi detido por um policial búlgaro num posto de fronteira quando tentava cruzar para a Turquia nas primeiras horas do primeiro dia do ano. Havia uma ordem europeia de prisão contra ele pelo suposto sequestro do filho de três anos, uma acusação que ele nega.

Uma segunda ordem europeia de prisão alega que o homem de 29 anos havia participado de um grupo criminoso que planeava actos de terrorismo, disse Darina Slavova, promotora da cidade de Haskovo, perto da fronteira. “A segunda ordem diz que Joachin, um homem de origem haitiana, havia tido contactos com Cherif Kouachi, um dos irmãos que realizou o ataque em Paris”, acrescentou ela.

Não estava claro como foi esse suposto contacto. O advogado búlgaro de Joachin, Radi Radev, afirmou que a ordem de prisão diz que o seu cliente havia sido de um grupo islâmico do 19º distrito de Paris e também diz que ele esteve em contacto com Cherif Kouachi algumas vezes em 2014.

Ele declarou que Joachin, que pode ser extraditado para a França, nega qualquer ligação com terrorismo e disse ao juiz, esta terça-feira que “tenho amigos, mas se eles cometeram crimes não posso ser considerado responsável por isso.”

A polícia francesa diz que os irmãos Kouachi, que atacaram o jornal Charlie Hebdo na semana passada, eram parte da rede islâmica “Buttes-Chaumont”, com base no 19º distrito de Paris. Criança Joachin estava a viajar de autocarro da França para a Turquia com o seu filho.

A polícia búlgara prendeu-no depois de a sua mulher ter dito às autoridades francesas que ele planeava levar a criança para a Síria para crescer sob a influência do islamismo radical. Falando ao juiz no tribunal de Haskovo na segunda-feira, Joachin concordou em ser enviado de volta à França, e o tribunal dará uma sentença sobre a extradição na sexta-feira.

Ele disse que planeava umas férias com o filho e a namorada na Turquia e negou que houvesse sequestrado a criança. “Não há nada disso, não sou um islâmico”, disse Joachin, segundo um jornal da Bulgária.

“Com a minha namorada planeamos uma viagem de dez dias para a Turquia, enquanto a minha mulher está com o nosso filho menor no país dela (Tunísia).” De acordo com a ordem da prisão, a mulher de Joachin disse às autoridades a 30 de Dezembro que ele havia se convertido ao Islão 15 anos atrás e tornou-se radical nos últimos anos.

Ao todo, 17 pessoas foram mortas em Paris em três dias de violência que começaram com o ataque ao jornal satírico semanal Charlie Hebdo, no dia 7, e terminaram com a acção num supermercado judeu em que quatro reféns morreram.

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