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Renamo ausente no empossamento dos deputados do Parlamento

Numa cerimónia marcada pela ausência da Renamo, que cumpre a sua promessa de não fazer parte do Parlamento moçambicano e das assembleias provinciais, por contestar os resultados das últimas eleições gerais, Armando Guebuza, Presidente da República cessante, empossou na segunda-feira (12) 17 deputados do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e 142, dos 144 da Frelimo, que está no poder há 39 anos.

Verónica Macamo foi reeleita presidência da Assembleia da República (AR) numa votação em que concorreu sozinha para o efeito. Houve 17 votos em branco, que, por sinal, correspondem ao número de deputados do MDM.

Guebuza disse esperar que todos os deputados cheguem ao fim do mandato com o sentimento de dever cumprido e devem envidar esforços no sentido de reforçar o Estado de direito, promover o diálogo – que parece não estar ainda consolidada entre os partidos políticos, em particular os da oposição com o Governo – e colaborar com as outras instituições de soberania.

Sobre o boicote da Renamo, o Chefe de estado disse que este partido tem pautado pela mesma postura em todas as legislaturas. Lutero Simango, chefe cessante da bancada do MDM, não comentou a situação, que na opinião de Damião José, porta-voz da Frelimo, a atitude da “Perdiz” é uma demonstração clara da falta um projecto político credível, falta de cultura democrática, desrespeito à as leis e à vontade do povo.

Lutero Simango acrescentou que a sua bancada pretende construir uma sociedade participava, inclusiva, abrangente e lutar para que Moçambique tenha politicas inclusivas.

Margarida Talapa, chefe da bancada do partido no poder, que exerce esta função pelo segundo mandato consecutivo, afirmou que a Frelimo irá privilegiar o diálogo com o MDM e a Renamo, porém, na hora de discutir os assuntos que dizem respeito à vida do país, vai recorrer à maioria de que goza no Parlamento para evitar que a nação esteja cativa de gente que supostamente está contra o desenvolvimento.

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