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Militares espancam populares em Nacala-Porto

Alguns militares das forças especiais da base área na cidade de Nacala, na província de Nampula, são acusados de agredir fisicamente a cidadãos residentes nas imediações duma residência supostamente pertencente a um oficial sénior das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), sita no bairro Mocone. A acção está a ser bastante contestada por populares ora revoltados.

De acordo com Cipriano Aly, um dos residentes naquela zona, o caso mais gritante deu-se num domingo (14), quando um grupo de militares interpelarou e espancou, alegadamente sem motivos óbvios, um casal que regressa de um convívio familiar, algures em Nacala-Porto, tendo posteriormente disparado e uma das balas passou ao lado de uma menor.

Aly disse que os projécteis perfuraram parte do tecto de uma das habitações cobertas de chapas de zinco e deixaram furos numa das parede. O pânico instalou-se na região.

Por seu turno, Elsa Alfredo, uma das vítimas, disse que não sabe por que razões os militares andam a agredir fisicamente as pessoas. Há dias, eles, sem alegar nada, “mandaram-nos parar e, em seguida, espancaram-nos”.

Adamo Muarapo, outro residente do bairro do Mocone, acrescentou que a presença de militares naquela zona tem sido um perigo para os indivíduos que se encontram próximo da residência do referido comandante.

As agressões físicas acontecem quase todos os dias, sobretudo no princípio da noite, altura em que muita gente regressa do trabalho. “Por vezes, eles mandam parar motociclistas e automobilistas e espanca-lhes sem justa causa”.

Por conseguinte, devido ao clima de medo instalado na região, os moradores são forçados a recolher cedo para evitar que o pior lhes aconteça. Sobre este assunto, o comandante dos militares em causa, cujo seu nome não quis revelar, prometeu apenas realizar uma investigação com vista a responsabilizar os soldados que protagonizam tais actos.

Enquanto isso, as vítimas submeteram uma queixa ao Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique de Nacala-porto, mas foram encaminhados para o Ministério da Defesa Nacional (MDN).

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