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OIT prevê oito anos de dificuldades no mercado de trabalho

O diretor geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o chileno Juan Somavía, reconheceu nesta quarta-feira os sinais de recuperação econômica no mundo, mas advertiu que serão necessários oito anos para voltar ao nível de emprego anterior à crise.

“O mundo pode ter adiante uma crise do emprego e da proteção social de entre seis e oito anos”, declarou durante a inauguração da conferência anual que reúne 183 membros da OIT. “Há indícios bem-vindos de que a recessão está desacelerando, que a queda livre está desacelerando”, indicou Somavía, destacando por outro lado que os “líderes políticos não prestaram atenção suficiente nas implicações humanas e sociais da defasagem entre a recuperação econômica e a recuperação do mercado de trabalho”.

“O mundo precisaria criar 300 milhões de postos de trabalho daqui a 2015 para absorver ao menos a chegada de 45 milhões de pessoas extras cada ano no mercado trabalho”, acrescentou Somavía. “A falta de emprego e de proteção social nutre a instabilidade. Os focos de violência, de distúrbios sociais, da tormenta política proliferam”, advertiu o diretor geral da OIT.

Ele lançou um apelo ainda para que haja uma “solidariedade mínima com as pessoas mais vulneráveis”. Para atingir esta meta, Somavía recomendou aos membros da OIT, reunidos em Genebra até 19 de junho, adotar um “Pacto Mundial para o emprego”.

As medidas elaboradas neste pacto, não obrigatório, podem ser aplicadas de modo flexível nos países membros em função de suas possibilidades ou de suas necessidades, explicou o porta-voz.

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