A União Africana (UA) acelerou os seus esforços para combater o vírus do Ébola na África Ocidental com a mobilização, segunda-feira, de 30 especialistas de países africanos que devem deslocar-se à Libéria, um dos países mais afectados pela doença na África Ocidental.
Trata-se da primeira equipa da UA composta de trabalhadores de saúde e outros especialistas mobilizados no quadro da operação “ASEOWA” destinada a apoiar a luta contra o vírus de Ébola na sub-região oeste-africana.
Este primeiro grupo de voluntários a ser enviado para a Libéria foi convocado na sede da UA, em Addis Abeba (Etiópia), para um encontro abrangente antes do seu desdobramento a de fim os preparar para a missão, declarou segunda-feira a organização pan-africana.
“Vocês são únicos e particulares no sentido da deslocação aos países afetados pelo vírus de Ébola sob a bandeira da União Africana. É hora de os países africanos demonstrarem solidariedade para com os seus irmãos do mesmo continente afetados pela epidemia de Ébola”, declarou o comissário da UA para os Assuntos Sociais, Mustapha Sidiji Kaloko.
A equipa da ASEOWA composta de epidemiologistas, especialistas de saúde pública e em comunicação, deixa Addis Abeba, esta quarta-feira, 17, com destino à Libéria.
Estes peritos são voluntários originários do Uganda, do Ruanda, da República Democrática do Congo, da Nigéria e da Etiópia, declarou a União Africana num comunicado.
O apoio da UA à luta contra o vírus do Ébola, que afeta atualmente a África Ocidental e Central, visa reforçar as capacidades dos mecanismos nacionais e internacionais de resposta para a mobilização da perícia técnica, dos recursos e do apoio financeiro e político.
A missão vai encarregar-se igualmente de completar os esforços de assistência humanitária em curso nos países afetados e coordenar os apoios prestados aos países atingidos a fim de aumentar as operações de ações de respostas realizadas no terreno.
A missão ASEOWA deverá igualmente reforçar e apoiar as medidas preventivas e as campanhas de sensibilização no continente africano e especialmente nas regiões afectadas. Ela é liderada por Julius Oketta, um general do Exército ugandês que se encontra na capital liberiana, Monróvia, para preparar a chegada dos outros membros da equipa. No total foram prometidos pelos doadores 25 milhões de dólares americanos para apoiar a missão da ASEOWA e dos quais os Estados Unidos disponibilizaram 18 de milhões.
A UA saudou esta disponibilidade dos voluntários africanos por dispensar parte do seu tempo e perícia e agradeceu igualmente aos diferentes parceiros que trabalham em colaboração com a organização pan-africana para controlar o Ébola. O segundo grupo de voluntários africanos será enviado para a Serra Leoa nos próximos dias.