O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, rejeitou apelos internacionais por um cessar-fogo ao defender a ofensiva do seu país em Gaza, durante as suas aparições na televisão norte-americana, este domingo (13).
Netanyahu pediu simpatia pelos israelitas sob o cerco de foguetes de militantes, em entrevista ao programa “Face the Nation” do canal de televisão dos Estados Unidos CBS.
“Quando começamos esta entrevista estávamos sob alerta de bomba e enquanto os minutos passavam, agora dizem-nos que as pessoas podem sair para o ar livre novamente”, disse ele.
“Este é o tipo de realidade que estamos a viver. E vamos fazer o que for necessário para colocar um fim nisso”, disse ele, referindo-se à escalada de violência entre Israel e o Hamas, o movimento islâmico que governa Gaza.
Netanyahu pediu aos americanos que imaginassem que as cidades norte-americanas da Costa Leste ao Colorado, ou 80 por cento da população, estivessem sob ameaça de ataque de foguetes, com apenas 60 a 90 segundos para chegar a um abrigo anti-bomba.
“Isso é o que estamos a experimentar agora, enquanto falamos”, disse ele. As aparições de Netanyahu na televisão ocorreram enquanto milhares de palestinos fugiam das suas casas numa cidade de Gaza depois de Israel tê-los advertido a saírem antes de ataques nos sites de lançamento de foguetes.
Domingo marcou o sexto dia de uma ofensiva que as autoridades palestinas disseram que já matou pelo menos 160 pessoas. Netanyahu recusou-se a discutir um cessar-fogo ou dar um prazo para a operação de Israel em Gaza.
Perguntado se uma invasão terrestre era iminente, ele disse que Israel usaria todos os meios necessários para cumprir o seu objectivo de degradar a capacidade de lançamento de foguetes do Hamas para restabelecer a segurança para os civis israelitas.
“Não importa se estamos no começo do fim ou no fim do começo, eu não vou te dizer isso agora – porque estamos diante de um inimigo terrorista muito, muito brutal”, disse ele no programa “Fox News Sunday”.
Netanyahu disse que tinha falado com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e com outros líderes mundiais, que compreenderam a necessidade de Israel de defender-se.
“Vamos fazer o que for necessário”, disse ele. “O que qualquer país faria: o que os Estados Unidos iriam fazer, o que a Grã-Bretanha iria fazer, o que a França iria fazer, e muitos, muitos outros países.”