Uma cidadã que responde pelo nome de Cláudia Muchanga, de 35 anos de idade, queimou os dedos do seu empregado de 14 anos de idade, identificado pelo nome de Luís Valter, com água fervida, alegadamente por lhe ter roubado 100 meticais, na última sexta-feira (04), no bairro Unidade 07, na capital moçambicana.
A vítima admitiu que sacou o valor em causa sem a permissão da sua patroa porque pretendia comprar uma camisola. O miúdo disse ainda que há dois meses que não aufere o mísero salário.
Na reconstituição do crime, Luís Valter narrou o seguinte: “a tia amarrou-me e sem piedade mergulhou as minhas mãos numa panela com água fervida. Ela disse que se a minha família não educou com eu iria aprenderia a ser educado…”.
Segundo o rapaz, não é pela primeira vez que a sua patroa lhe submete a sevícias. Numa das anteriores vezes, Cláudia Muchanga arremessou uma bacia de água quente contra o rosto o petiz. Há dois anos que Luís Valter trabalha como empregado doméstico na casa da senhora em alusão.
Aliás, o adolescente disse-nos que de há tempos para cá tem sido vítima de maus-tratos. Luís, natural da província de Gaza, veio a Maputo à procura de emprego com vista a ajudar a sua mãe que não dispõe de meios para sobreviver.
Em contacto com o @Verdade, Cláudia Muchanga, negou que ter sido ela a protagonista dos maus-tratos que culminaram com o ferimento do petiz. De acordo com a nossa entrevistada, Luís queimou involuntariamente. Ela disse que, apesar de ser a quinta vez a ser roubada pelo miúdo, não seria capaz de maltratar uma criança.
Por sua vez, Elias Maússe, agente da Polícia da República de Moçambique (PRM) afecta à 10ª esquadra em Maputo, disse que há diligências em curso, em coordenação com o Gabinete de Atendimento à Mulher e Criança Vítimas de Violência Doméstica, para se apurar o que aconteceu. A corporação alegou que Cláudia está em parte incerta e o miúdo foi acolhido por uma família.