Meninas e Meninos, Senhoras e Senhores, Avôs e Avós
Os mamparra desta semana é Machatine Munguambe, juiz presidente do Tribunal Administrativo (TA), que, em defesa do indefensável, entrou na água, como diz o vulgo.
Um relatório de uma auditoria interna às contas do TA, solicitado pelos principais parceiros daquele órgão de soberania, trouxe à ribalta uma série de atropelos e violação da Lei de Procurement, a utilização exagerada dos fundos do Estado, entre outros males naquela instituição que tem a vocação de auditar os destinos dos dinheiros dos contribuintes.
O Decreto nº 15/2010, que aprova o Regulamento de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado, de acordo com o que foi vertido pela Imprensa na praça pública é gravemente pontapeado no Tribunal Administrativo (TA) da era Machatine.
Munguambe, o Machatine, foi esta semana chamado para dar a sua versão aos factos bastantes e nada abonatórios, pela Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e da Legalidade (CACDHL), e nela negou ter havido gestão danosa na instituição que dirige dizendo que tudo foi uma invenção.
“Foram inventadas várias falsidades para me atingir. Em todos os quatro anos anteriores tivemos auditorias internas e reportaram alguns problemas, mas, no último ano de mandato, vieram invenções que se tornaram o pior momento da minha vida”, disse Machatine, o Munguambe, aos deputados.
O único “erro” que Machatine aceita levar às costas é o facto de ter introduzido o pagamento de subsídios a alguns quadros, como forma de incentivar e estimular o seu desempenho.
E como ele deve pensar que isso baste e é passivel de passar em branco sem mais “chatices”, o homem UM do TA disse que “reunimos com todas as pessoas que beneficiaram dos subsídios e concordamos em repor. Eu, inclusivamente, estou a contribuir para a reposição desse valor, mesmo não tendo entrado no sistema de incentivos”.
Muito naturalmente Machatine, o Muguambe, pensa que estão resolvidas as questões despoletadas pela gestão danosa no TA.
Aqui, noutro espaço, escalpelizámos na série “Moçambique a saque”, as “brincadeiras” da malta Muguambe, o Machatine, tais como gastos em combustivéis de certa viatura, cujo consumo mensal atingiu os milhares de contos num único mês.
Alguém tem que pôr um travão neste tipo de mamparices.
Mamparras, mamparras, mamparras.
Até para a semana, juizinho e bom fim-desemana